O preço alto dos grãos movimenta o comércio nas cidades.
Setor da construção civil é um dos que mais ganham.
Em Ipiranga no Norte, o agricultor Reginaldo Cavani comemora a boa produtividade. Além de lucrar com o milho, ele continua tendo lucro com a soja colhida no começo do ano. O produtor comercializou 80% antecipadamente. “Eu vendi a maioria no mês de outubro e novembro do ano passado, uma boa parte em dólar, que dá em torno de R$ 38. Os outros 20% foi comercializado em março, com um preço um pouco melhor, em torno de R$ 43”, conta.
A boa produtividade na lavoura e os bons preços nos grãos também movimentam o comércio no município. O setor da construção civil, por exemplo, é um dos que mais ganham com os bons resultados no campo.
O agricultor André Simon construiu a nova sede da fazenda com o dinheiro da soja. Ele comercializou 90% da soja antecipadamente e há um mês vendeu os outros 10% a um valor alto. “Vendi na média de R$ 50. É isso que está possibilitando a gente a fazer alguns investimentos na fazenda”, explica.
Ipiranga do Norte tem cerca de cinco mil habitantes e vive da agricultura. Por isso, nos períodos de safra o comércio fica aquecido. Em uma loja de materiais de construção, as vendas cresceram 40%. “O pessoal está colhendo bem este ano. Como a agricultura teve uma boa safra, o comércio automaticamente se mantém, dá uma renovada, consegue ter mais funcionários e a gente consegue sobreviver bem”, diz o comerciante José Augusto Fernandes.
Nas lojas de eletrodomésticos o movimento também é grande. “O nosso comércio local vive praticamente da agricultura e quando o preço da soja e do milho está bom, o comércio fatura um pouco mais”, comemora Roni Mandeli, gerente da loja.
O preço internacional dos grãos na bolsa de Chicago continua subindo. No mês, a soja já valorizou 7,6% e o milho 17,8%.
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