MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Variação do dólar reflete no campo e nas indústrias de Uberaba, MG


Alto da moeda pode causar redução de importações, diz diretor.
Produtores que negociaram na baixa do dólar podem ter prejuízos.

Do G1 Triângulo Mineiro

Produtor rural pode sofrer redução no lucro (Foto: Reprodução/TV Integração)Produtor rural pode sofrer redução no lucro
(Foto: Reprodução/TV Integração)
De R$ 1,858 em dezembro do ano passado, a cotação do dólar fechou nesta quinta-feira (14) em R$ 2,058. Esta variação da moeda americana tem refletido na economia e principalmente nas indústrias de Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Em uma indústria da cidade que exporta o produto final, por exemplo, depende da importação de matéria prima para agregar valor aos produtos. Agora a alternativa encontrada foi dosar o vai para fora do país e o que vem. "Vamos reduzir a importação. Tem matéria prima que é importada para reduzir o custo, mas podem ser compradas aqui. Outras não são encontradas no Brasil, então o jeito é importar", explicou o diretor da empresa, Fabrício Fonseca Simões. Ele explicou ainda que o resultado é um acréscimo no valor final dos produtos. "Para os produtos que não têm matéria prima no Brasil o impacto chega a 30% mais caro", alertou o diretor.
A preocupação maior ficou para os produtores rurais que negociaram a safra antecipadamente e agora pagam mais caro para adubar a terra, como explicou o presidente da Cooperativa dos Empresários Rurais do Triângulo Mineiro, Luiz Henrique Borges Fernandes. "Ano passado o produtor que vendeu a safra de soja fixada em R$ 47,00 quando o dólar estava em baixa, agora está preocupado com a alta refletida no valor dos adubos. O que vai acontecer é uma redução no lucro", comentou Luiz Henrique. Ele afirmou ainda que os adubos nitrogenados subiram cerca de 20% e os fosfatados subiram 15%.
O presidente da regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Altamir Roso, avaliou que essa realidade esbarra em diversas empresas localizadas na região de Uberaba. "Para as empresas que importam, sobem os custos de produção e isso leva a uma provável alta dos produtos. A alternativa é a substituição de produtos importados e para isso é preciso produzir aqui o que hoje nós importamos", comenta Altamir Roso.
A economista Núbia Ferreira, que chegou recentemente de uma temporada na Europa, explicou o motivo dessas variações da moeda. Para ela o reflexo pode demorar a chegar ao consumidor final. "Trata-se de um momento especulativo da moeda, de altas e baixas do dólar por conta da procura e da oferta. Se continuar subindo, vai acabar chegando ao consumidor e ele vai sentir isso no bolso", conclui Núbia.

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