MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tribunal condena servidores do Incra no CE por desapropriação indevida


Desapropriação foi feita para atender interesse de terceiros, diz Ministério.
Nove condenados devem ressarcir valor que passa de R$ 1 milhão.

Do G1 CE

O Tribunal Regional Federal da 5º Região, em Recife-PE, condenou nove servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Ceará por desapropriação de terreno para "atingir interesses de muitas pessoas, exceto os da população alvo da reforma agrária e o interesse relativo à boa administração do patrimônio público".
A ação de improdade administrativa contra a desapropriação irregular foi feita em 1999 pela procuradora da república Nilce Cunha, do Ministério Público Federal. Segundo a procuradora, a desapropriação violou princípios constitucionais da legalidade, moralidade e finalidade.
Em 1999, a fazenda Preguiça/Baixio/Nazário, de propriedade de uma construtora, foi desapropriada para cumprir interesse de terceiros, mesmo "diante de fartos elementos técnicos e legais" que demonstravam a irregularidade da desapropriação, segundo o Ministério Público.
"A propriedade Fazenda Nazário não deveria ter sido objeto de desapropriação, tendo em vista que suas condições de localização e acesso a tornava inviável para um projeto de assentamento", explica a procuradora da República", explica Nilce Cunha.
Os condenados são engenheiros agrônomos, técnicos e procuradores, todos servidores do Incra no Ceará. Pela condenação, eles devem ressarcir o dando causado com a desapropriação que não deveria ter ocorrido, determinado pela Justiça em R$ 622.701,52, mais o valor gasto pelo Incra "na tentativa de tornar o projeto viável", de R$ 387.010,75. Somados, os valores passam de R$ 1 milhão.
Os nove servidores do Incra também foram condenados com a perda de função pública, suspensão de direitos políticos por seis anos, pagamento de multa civil definida em R$ 300 mil para cada um. Eles também estão proibidos de realizar contrato com poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos.

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