Manifestantes estão acampados desde ontem na sede do instituto.
Cerca de 150 quilombolas ocupam as dependências do prédio.
Os manifestantes bloquearam a entrada de pessoas ao prédio, o que obrigou os funcionários a encerrar o expediente mais cedo na sede do Iterma. Lá, mais de 150 quilombolas acamparam em várias dependências.
No auditório, os militantes ouviram explicações de representantes do órgão sobre a principal queixa do movimento: a demora na desapropriação de terras que ficam em áreas de quilombo. Os líderes do movimento ameaçam só desocupar o prédio quando todas as outras exigências forem atendidas.
"Só vamos sair quando tivermos coisas concretas, quando o Incra chegar aqui e falar que vão publicar o relatório antropológico do Estado. Do contrário, vamos continuar aqui", avisou o líder, Gil Quilombola.
Segundo o presidente do instituto, os laudos são uma exigência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Iterma não precisa desses relatórios porque o Estado, ou possui as terras, ou arrecada para repassar aos quilombolas.
Outra reivindicação importante dos quilombolas é por mais segurança nos lugares onde vivem. De acordo com a comissão Pastoral da Terra, no ano passado, sete pessoas foram assassinadas por conflitos agrários no Maranhão. Em 2012, até a metade do ano, já são mais sete assassinatos. Isto sem falar nas mais de 110 pessoas que estão ameaçadas de morte.
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