MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 12 de junho de 2012

Profissionais de hospital universitário em Cuiabá aderem à greve nacional


Greve foi decidida em assembleia realizada nesta terça-feira em Cuiabá.
Além do HUJM, estão parados os professores e técnicos da UFMT.

Ericksen Vital Do G1 MT

Profissionais do hospital podem decidir paralisar na terça-feira (Foto: Reprodução TVCA)Atendimento deve diminuir a partir desta quarta-feira
no hospital em Cuiabá (Foto: Reprodução TVCA)
Os profissionais do Hospital Universitário Júlio Müller em Cuiabá (MT) decidiram, em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (12), aderir à greve nacional dos hospitais federais do Brasil. Os atendimentos aos pacientes devem reduzir gradativamente a partir da manhã desta quarta-feira (13), mantendo apenas os considerados de urgência e emergência.
“A tendência é diminuir o atendimento no hospital até chegar aos 30% estabelecidos pela lei”, afirmou a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFMT (Sintuf), Ana Bernadete de Almeida. Ela explicou que a maioria dos 200 participantes da assembleia decidiu pela deflagração do movimento grevista por tempo indeterminado. Segudo o sindicato, 32 hospitais universitários federais estão paralisados em todo o país.
Apenas entre exames e consultas, o hospital atende diariamente em média 2 mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a greve, segundo a sindicalista, serão atendidos no hospital apenas os casos considerados mais graves. “As internações eletivas devem ser reduzidas”, comentou. O hospital é referência em Mato Grosso no tratamento de doenças tropicais, como dengue e hanseníase.
Ana Bernadete explicou que os 400 profissionais do HUJM vão 'somar' ao movimento dos técnicos administrativos e professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que já estão paralisados. Em Cuiabá, o HUJM faz parte da UFMT. Os técnicos da federal cruzaram os braços na manhã desta terça-feira. Já os docentes estão paralisados deixando 20 mil acadêmicos sem aulas.
Os profissionais do hospital estão criticando a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que foi criada pelo governo federal para buscar repassar, segundo a sindicalista, a administração da unidade para a iniciativa privada.
A empresa foi criada para prestar serviços às instituições federais de ensino por meio da Lei 12.550 de dezembro de 2012. Ela explicou que a medida poderá afetar principalmente os investimentos na área acadêmica que usa o hospital universitário e também o gerenciamento do recurso público. “A empresa vai passar a administrar o hospital, aumentar a fila do SUS e prejudicar os acadêmicos da universidade”, finalizou a sindicalista.

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