Chanceler anunciou esforço diplomático e reafirmou que não houve golpe.
Processo relâmpago de impeachment de Lugo gerou protestos de parceiros.
O novo chanceler do Paraguai, Félix Fernández (à direito), ao lado do presidente Federico Franco em entrevista na sexta-feira (22) no palácio presidencial em Assunção (Foto: AFP)
"Ratificamos perante a comunidade internacional o cumprimento do ordenamento jurídico constitucional. Respeitamos muitíssimo os presidentes de nossas nações irmãs e vamos tentar conversar com eles", disse o ministro Fernández em declarações à emissora de rádio 970.
O primeiro grande encontro internacional ao qual o novo governo deverá comparecer é a cúpula que o Mercosul, bloco integrado por Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina, realizará na cidade argentina de Mendoza na quinta e na sexta-feira.
O processo "relâmpago" de destituição de Lugo durou um dia: na quinta-feira a Câmara de Deputados aprovou submetê-lo a um julgamento político e na sexta-feira o Senado votou por retirá-lo de suas funções, após uma audiência na qual os advogados de Lugo tiveram duas horas para apresentar sua defesa. O julgamento durou cerca de cinco horas.
Os governos de Equador, Venezuela e Bolívia disseram que não reconhecerão o novo governo, e outros países latino-americanos também criticaram o processo, considerado um "golpe parlamentar" por Lugo e seus partidários.
O presidente Franco, em sua primeira coletiva de imprensa na noite de sexta-feira, disse que Fernández se encarregaria de explicar aos sócios da Unasul que a mudança no Paraguai foi "completamente constitucional", que existe calma, ordem e nenhum ambiente de movimento militar.
"Não há ambiente de golpe, de bloqueio, não há militares nas ruas", disse Franco.
Ex-chanceler do governo de Luis Gonzáles Macchi e embaixador em vários países do continente, Férnandez é um especialista em direito internacional.
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