MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Novo governo do Paraguai não aceita ser suspenso do Mercosul


Chanceler do governo de Franco reclamou que defesa não foi ouvida.
Ele afirmou que o gabinete paralelo anunciado por Lugo é 'uma piada'.

Amauri Arrais Do G1, em Assunção

O novo chanceler do Paraguai, José Félix Fernández Estigarribia, disse nesta segunda-feira (25)  que o país não aceitará a suspensão do Mercosul, conforme anunciado na véspera pela presidência do bloco comercial.
"Não aceitaremos a suspensão em razão de que se aplica o protocolo de Ushaia 1", disse. "Não se pode aplicar nenhum tipo de sanção sem nos escutar. É curioso que países que questionaram a brevidade do prazo do julgamento político agora nos acionem sem escutar a defesa."
A declaração foi feita após a cerimônia de posse do novo ministério, três dias após o contestado processo de impeachment de Fernando Lugo.
Questionado sobre o "gabinete paralelo" anunciado pouco antes pelo presidente afastado Lugo, o chanceler disse que se tratava de "uma piada".
"Lugo é ex-presidente do Paraguai, não tem nenhuma função administrativa", disse. "Se ele falar como presidente, que se apliquem as funções previstas na legislação paraguaia."
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, tomou juramento dos novos ministros.
Franco ainda não escolheu o ministro da Fazenda.
Crise no Paraguai
Federico Franco assumiu o governo do Paraguai na sexta-feira (22), após o impeachment de Fernando Lugo. O processo contra Lugo foi iniciado por conta do conflito agrário que terminou com 17 mortos no interior do país. A oposição acusou Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira "imprópria, negligente e irresponsável".
Ele também foi acusado por outros incidentes ocorridos durante o seu governo, como ter apoiado um motim de jovens socialistas em um complexo das Forças Armadas e não ter atuado de forma decisiva no combate ao pequeno grupo armado Exército do Povo Paraguaio, responsável por assassinatos e sequestros durante a última década, a maior partes deles antes mesmo de Lugo tomar posse.
O processo de impeachment aconteceu rapidamente, depois que o Partido Liberal Radical Autêntico, do então vice-presidente Franco, retirou seu apoio à coalizão do presidente socialista. A votação, na Câmara, aconteceu no dia 21 de junho, resultando na aprovação por 76 votos a 1 – até mesmo parlamentares que integravam partidos da coalizão do governo votaram contra Lugo. No mesmo dia, à tarde, o Senado definiu as regras do processo.
Na sexta, o Senado do Paraguai afastou Fernando Lugo da presidência. O placar pela condenação e pelo impeachment do socialista foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Federico Franco assumiu a presidência pouco mais de uma hora e meia depois do impeachment de Lugo.
Em discurso após o impeachment, Lugo afirmou que aceitava a decisão do Senado.
Mas, neste domingo, Lugo voltou atrás, aumentou o tom disse que não reconhece o governo de Federico Franco e que não deve, portanto, aceitar o pedido do novo presidente para ajudá-lo na tarefa de explicar a mudança de governo a países vizinhos.
quadro paraguai america  (Foto: 1)

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