MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 13 de junho de 2012

'Não houve empenho em apurar', diz delator de suposto esquema no BNB


Ministério Público denunciou suposto esquema de corrupção no BNB.
Caso foi revelado por funcionário do banco, que conta detalhes do caso.

Do G1 CE, com informações da TV Verdes Mares

O funcionário do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) que delatou um suposto esquema de desvio de verba no valor de R$ 100 milhões afirmou nesta terça-feira (12) que "não houve empenho do banco" para apurar a denúncia. "Passamos dois meses esperando uma auditoria. De setembro a dezembro [de 2010], com dezenas de milhões desviados, e não apareceu um auditor", diz Fred Elias de Souza.
Elias diz que suspeitou das supostas irregularidades quando substituiu um gerente do banco que tiraria férias. Souza diz que teve acesso a notas fraudulentas de um contrato com uma locadora de veículos no valor de R$ 2,9 milhões. "Foram aceitas notas fiscais falsas, inidônias, para comprovar o pagamento desses veículo", diz.
Em seguida, Elias apresentou a suposta fraude aos ministérios público federal e estadual do Ceará e à Controladoria Geral da União. De acordo com o promotor de Justiça Ricardo Rocha, que investiga o caso e pediu investigação à Polícia Federal, os participantes do esquema eram doadores de campanha e desviavam verba do BNB para financiar campanhas.

BNB afasta 15 funcionários
Por meio de nota, o BNB informou que as denúncias chegaram ao banco em 7 de junho do ano e com base nos indícios de suspeita foi aberto uma sindicância. Segundo o BNB, três suspeitos de envolvimento foram demitidos e outros 15 estão afastados do cargo. Entre os servidores afastados está o chefe de gabinete do BNB, Robério do Vale, que ocupava a função quando os empréstimos irregulares foram liberados para as empresas. ''Como funcionário de carreira, tendo exercido dentre outras funções a chefia de gabinete na gestão Roberto Smith e na atual, nunca me envolvi em defesa de quaisquer interesses de pessoas, parentes afins conforme insinua a referida matéria [reportagem desta sexta (8) da revista "Época" que contém as denúncias de desvio]", disse, em nota.
Após as denúncias, Fred Elias foi mudado de função. Com 48 anos, ele trabalha no BNB há 28 anos, a maior parte do tempo como gerente de negócios de pessoa física. Hoje ele trabalha no turno da madrugada no serviço de atendimento ao consumidor.
"Eu quero ir até o fim, contando com a colaboração do Ministério Público, Controladoria Geral da União, Polícia Federal", diz Elias. O delator do caso diz ainda que denunciou 16 negócios com o banco com indícios de fraude. Segundo denúncia do Ministério Público, se as fraudes forem confirmadas, os desvios podem chegar a R$ 100 milhões. O BNB anunciou por meio de nota que "aprofundou as investigações" e descobriu operações irregulares com 24 clientes suspeitos de envolvimento no caso.

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