MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 24 de junho de 2012

Monumentos retirados de trevos de Porto Velho enferrujam em secretaria


Construção dos viadutos tomou lugar das obras referências da capital.
Secretarias municipais não sabem de quem é a responsabilidade pelas peças.

Larissa Matarésio Do G1 RO

Escultura se deteriorando no pátio da Secretaria Municipal de Administração da prefeitura de Porto Velho. (Foto: Larissa Matarésio/G1)Escultura se deteriorando no pátio da Secretaria de Administração
de Porto Velho. (Foto: Larissa Matarésio/G1)
Duas obras de arte que fazem parte do cenário da cidade de Porto Velho, desde a década de 80, estão se deteriorando em pátio da prefeitura sem armazenamento adequado. As obras foram retiradas dos trevos do Roque e da Avenida Campos Sales, com a BR-364, para a construção dos viadutos, que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e as secretarias não sabem dizer quem é o responsável pelas peças.
O Monumento aos Pioneiros, feito pela artista Helvia Reis em 1983, foi retirado em 2009 junto com a escultura Urucumacuá, do artista Júlio Carvalho. Na remoção, as peças foram amassadas.
 As peças estão armazenadas no pátio do Departamento de Recursos Logísticos (DRL) da Secretaria Municipal de Administração (Semad) e a secretária Mirna Janice do DRL não sabe de qual secretaria é a responsabilidade. “Nós apenas recebemos a incumbência de armazená-las por possuir espaço físico. Mas quem as trouxe para cá foi a Secretaria Municipal de Obras e Projetos Especiais (Sempre), que são os responsáveis pelas obras do PAC. Agora, se as peças são deles eu não sei”, explica Mirna.
Monumento aos Pioneiros, obra da artista Helvia Reis em 1983, antes de ser retirado para a construção dos viadutos. (Foto: Divulgação/José Carlos Sá)Monumento aos Pioneiros, obra da artista Helvia Reis em 1983,
antes de ser retirado para a construção dos viadutos.
(Foto: Divulgação/José Carlos Sá)
A Sempre alega que as peças estão sobre a jurisdição da Semad, enquanto que a Semad não sabe de quem é a responsabilidade por elas.
O artista Júlio Carvalho teve uma de suas obras removidas e se diz indignado com essa situação. “É um problema de descaso público. Os órgãos e entidades públicas deveriam cuidar do nosso patrimônio histórico e cultural e isso não acontece. Essas obras estão jogadas ao acaso, sem cuidado algum. Faltam leis que protejam o patrimônio ou pelo menos políticos interessados em nossa cultura”, reclama.

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