MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 17 de junho de 2012

Máquina produz mais de 1,2 mil velas por hora e é oportunidade de negócio


Equipamento custa R$ 9,5 mil.
Empresários investem em máquinas e montam fábricas.

Do PEGN TV

É possível ganhar dinheiro com uma máquina que fabrica velas religiosas e decorativas. O equipamento exige pouco investimento. Um dos modelos mais procurados é o que produz mais de 1,2 mil velas por hora.
A máquina de velas é de ferro. Embaixo ficam os rolos de barbante que vão se transformar em pavio. Na parte de cima, ficam os espaços onde é despejada a parafina quente.
Aos 40 anos, o auxiliar administrativo Airton Soave perdeu o emprego. Partiu para o negócio próprio. Investiu as economias em três máquinas de fazer velas, montou a pequena fábrica na garagem de casa e mudou de vida.

“Estamos hoje já há 13 anos no mercado e graças a Deus a gente evoluiu cresceu, expandiu. Aumentamos o numero de máquinas, aumentamos os funcionários. Quando a gente começou, era só eu que trabalhava”, diz o empresário.

Hoje, ele a mulher fazem todos os meses 96 mil velas e faturam R$ 35 mil - do modelo palito ao votivo, conhecido como vela de sete dias. “Religiosos consomem muita vela, espíritas consomem muita vela, então é um produto que se vende diariamente”, afirma.

Os empresários têm 500 clientes, entre mercados e lojas de utilidades. O pacote com 192 velas palito custa R$ 32. O lucro é alto: 30%.

A máquina de velas é produzida em uma fábrica em Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo. A empresa tem 34 anos, vende 12 máquinas por mês para o Brasil e outros países da América do Sul. O equipamento custa R$ 9,5 mil.

“Hoje nós estamos fazendo vários tipos de máquina. Máquinas feitas com redutores, que nós chamamos de semiautomática. Ainda nós fazemos a máquina no sistema hidráulico, que seriam as máquinas com alta quantidade de velas”, explica o empresário Antenor Palma Esbordoni.
Outros empresários também se deram bem com a máquina de velas. Eles começaram a trabalhar há 22 anos, no fundo de casa. Hoje têm 15 máquinas instaladas em um galpão de 200 metros quadrados. “Eu acho que é um mercado infinito, ou você vende a vela de maço, você vende a vela votiva e você vende a vela decorativa”, diz a empresária Kátia Lemes.
São produzidos 600 quilos de velas por dia. A palito tem de 11 cm a 30 cm de comprimento. E a votiva é para sete ou 21 dias. A produção não para. A parafina é derretida em um forno e é despejada nas máquinas.

Do total, 70% do custo de uma vela está na parafina, um derivado do petróleo. Mas o empresário encontrou uma forma de reduzir esse custo. Ele apostou no segmento popular, e acertou: o sebo de boi custa quase a metade do preço da parafina.

O empresário mistura o sebo na parafina e produz uma vela bem mais barata. Custa R$ 0,05 cada. Com esse preço, o tipo de produto virou campeão de vendas na empresa: são 12 mil velas por dia.

Mas a empresa não abandonou o segmento mais caro. Pelo contrário. Eles também fazem velas por encomenda, como as perfumadas, coloridas e até embaladas em latinhas. A vela artesanal costuma dar em torno de 50% a mais de lucro.

Há uma dica importante: uma fábrica de velas precisa ter uma área de testes. “Conforme chega a parafina, tem vez que vem de uma refinaria que é da Bahia ou do Rio de Janeiro, nós efetuamos o teste usando o pavio”, diz Katia.

Hoje a fábrica de velas tem 500 clientes em São Paulo. A maioria das pessoas compra velas por motivos religiosos. Sabendo disso, a empresa colocou imagens de santos nas velas votivas. A mudança fez as vendas dispararem. “O mercado de vela nunca vai parar, porque é uma coisa muito tradicional, que vem de muitos e muitos anos e eu acredito que sempre vai ser um excelente negócio”, diz o empresário.

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