MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 24 de junho de 2012

Frio faz faturamento disparar nas lojas de blusas e casacos de lã


Empresários do setor investem em cursos de tricô e atraem clientes.
Como mercado é sazonal, é preciso economizar no verão.

Do PEGN TV

Com a queda nas temperaturas, sobem as vendas de lãs e também aumenta a procura por cursos de tricô e crochê. A chegada do inverno faz o faturamento disparar nas lojas que vendem blusas e casacos de lã.
Todo ano, o empresário Tercio Cussigh torce para o frio chegar logo. E não é para menos. Na loja de casacos e blusas de lã, as vendas aumentam dez vezes no inverno. “Fazendo frio, não tem dúvida, abriu a porta, enche a loja. Vindo o frio, não tem como errar”, diz.
A empresa existe há 30 anos. O empresário trabalha com toda a família. Eles criam os modelos, fabricam em malharias terceirizadas e vendem para o consumidor final.
É uma loja prática. Nas paredes compridas fica o estoque e a vendedora pega rapidinho a peça para o cliente. Outro detalhe é que tudo tem rodinha: o balcão, a arara, o expositor. E dá para renovar o layout da loja na hora.
Agora o que chama mesmo a atenção mesmo na loja é o preço. Para vender barato roupa de frio, o segredo é produzir justamente no verão, quando as malharias estão ociosas e o custo despenca. Graças à estratégia, a empresa produz a um custo 40% menor. E os empresários também se tornaram mestres em aproveitar oportunidades.
“Um tipo de malha a gente faz com saldo de fios. Saldo de fios é o seguinte: é sobra que tem na fábrica, fio de primeira também. Só que eles vendem com um preço muito reduzido”, revela Cussigh.
A empresa tem mais de 200 modelos. E todo ano renova 80% da coleção. As blusas e os casacos representam mais da metade das vendas. E o cliente também encontra outros produtos para o frio, como calça, cacharrel e touca.
Para montar uma loja pequena de blusas e casacos de lã, o investimento é de R$ 70 mil – para reforma e estoque.
Existe, porém, um desafio para quem trabalha com o mercado do frio, que é sazonal: é preciso economizar no verão. No inverno, a loja recebe mais de 500 clientes por dia. E vende 8 mil peças por mês. Com o preço em conta, os clientes fazem a festa. “A qualidade é boa, o preço é um terço das lojas, é um absurdo a diferença, bastante grande”, opina a consumidora Cláudia Poli.
A aposta no mercado do frio também rende frutos na loja do empresário Claudio Bezerra. Ele vende lãs, cobertores, edredons e tapetes. As vendas dobram no frio. Ele abriu a loja há 12 anos numa sala de 16 metros quadrados, com investimento de R$ 50 mil em estoque. Hoje, são 1,5 mil metros de área com 40 mil itens. “Cresceu e a tendência é crescer mais ainda”, afirma o empresário.
A loja tem produtos de vários tipos e preços: importados e nacionais. Um edredom, por exemplo, custa R$ 115. O cobertor mais barato da loja sai por R$ 17. “Ele é produto de poliéster, é quente, é macio, é leve, então é uma boa opção para quem procura preço”, sugere a vendedora Raquel Tormin.
A loja foi pensada para agradar as mulheres. Elas são 95% dos clientes e gostam de tocar à vontade nos produtos, que são vendidos em prateleiras, acessíveis pelo sistema de autoatendimento. E quando a cliente precisa de ajuda, a funcionária já sabe: para vender, a receita é conversar muito. “A gente fala de lã, de produto e até da nossa família, vai longe a conversa”, relata a cliente Letícia Moura.
A loja tem mais um chamariz para as mulheres. A empresa descobriu uma maneira de faturar mais. Eles dão curso de graça de tricô e crochê – e o pessoal, é claro, compra o material para as aulas.
A estratégia deu tão certo que, nos três meses de inverno, eles vendem 50 mil km de lã. É metade do faturamento da loja. Dá para dar a volta ao mundo e ainda sobra.
O curso vive cheio. Dura três horas e acontece três vezes por semana. São 600 alunas por mês. Elas aprendem a fazer cachecóis, casacos, toucas e blusas. E até ganham dinheiro com isso.
“Eu tenho muita encomenda, chego a vender mais de 30, assim, na época, essa época de inverno, a gente vende bastante cachecol”, diz a aluna Ivone Dias da Silva Lima.
E quanto mais elas vendem, mais elas voltam para comprar os novelos de lã e outras coisinhas que encontram pelo caminho. Nesta época de frio, a loja lota de clientes e fatura mais de R$ 300 mil por mês. O dinheiro ajuda a manter o negócio o ano inteiro.
“A expectativa desse mercado é grande. Traz essa possibilidade de acreditar que daqui atá o final do ano uns 30% eu devo estar crescendo”, afirma Bezerra.

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