DCE diz que iniciativa serve de apoio à mobilização nacional dos docentes.
Representantes de faculdades de Direito e Geofísica são contra paralisação.
Emili Junqueira, diretora financeira do DCE, diz que a iniciativa serve de apoio à mobilização nacional dos docentes federais, que reivindicam reajuste salarial, e fortalece o desejo pela maior qualidade da educação. Segundo ela, são 37 pontos na pauta dos estudantes, já de conhecimento da reitoria, mas a formação de um comando de greve nos próximos dias deve ampliá-la. Entre os pontos da pauta, há a disponibilização de transporte para deslocamento entre os campi, restaurantes universitários por R$ 1 e instalação de unidades em todos os campi, ampliação do auxílio aos estudantes cotistas e creche em tempo integral.
"Tivemos várias atividades no ano passado, apresentamos a pauta para a reitoria, que aprovou, mas não deu andamento. Tomamos esta pauta como referência para o movimento. Estamos disputando espaço com o movimento dos professores, mas a nossa pauta não é de agora", diz Emili Junqueira.
Oscar Benício, que cursa o 7° semestre de Direito e não é filiado ao movimento estudantil, afirma que é a favor da mobilização dos estudantes, mas se discorda do contexto em que a greve se insere. "A greve é do professor, do servidor. Eles acham que é um ato de solidariedade, mas não há o que se meter. Sabemos que a universidade pública tem problemas, mas não significa que temos que entrar em greve", avalia.
Para Oscar, não há entendimento que a assembleia - e portanto a greve - é soberana. "Considero a greve ilegítima. Tinha quórum, mas quem estava do lado de fora não podia votar, porque quem estava dentro não queria sair. Solicitamos um referendo, com urnas em cada unidade, mas não permitiram. Foram contra a democracia ampla", afirma. Ele acrescenta que presenciou manifestações contrárias ao movimento também de estudantes de cursos de engenharia e do bacharelado interdisciplinar (BI) da área de Humanidades.
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