MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 5 de junho de 2012

Estoques de carros usados sobem e preços caem, aponta Fenabrave


Valores das avaliações dos usados acompanham queda do IPI para novos.
Para entidade, fluxo do mercado de usados será normalizado em um mês.

Priscila Dal Poggetto Do G1, em São Paulo
Concessionária de Sorocaba teve dois carros furtados por funcionário (Foto: Reprodução/TV TEM) Mercado de usados enfrenta 'insegurança' do
consumidor (Foto: Reprodução/TV TEM)
O mercado de carros usados e seminovos vive, agora, um, momento “instável”, com estoques que chegam a 300 mil unidades, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Isso acontece porque esse segmento acompanha o de novos e, com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os preços dos veículos usados foram "rebaixados" na mesma proporção dos novos. Assim, o consumidor perdeu a referência de valores e fica inseguro para fechar negócio.
“O consumidor não sabe mais quanto vale o carro dele para vender ou para comprar, então, isso gera uma insegurança muito grande”, afirma o presidente da entidade, Flávio Meneghetti. Segundo o representante dos concessionários, a situação será normalizada dentro de 30 dias. “O estoque em 300 mil unidades é um número considerável, mas daqui a pouco o mercado vai se regularizar”, avalia. Segundo ele, um mercado “saudável, em padrões mundiais," é de três carros usados vendidos para cada novo emplacado.
O estoque em 300 mil unidades é um número considerável, mas daqui a pouco o mercado vai se regularizar"
Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave
Preços baixos
Embora o mercado se recupere, os preços dos usados tendem a desvalorizar cada vez mais, em função do amadurecimento do mercado brasileiro. Como a referência são os carros novos e estes também não têm valorizado tanto, a tendência é de que os preços do usados caiam ainda mais. O movimento é observado em mercados maduros, como o norte-americano, há anos.
O sócio da consultoria PWC e especialista no setor automobilístico, Marcelo Cioffi, ressalta que os preços dos automóveis novos têm subido “bem abaixo da inflação”, mesmo com a forte pressão de preço de materiais e de mão de obra. “A concorrência no setor é grande”, destaca Cioffi.
Além dos preços dos novos, outro fator que trabalha contra os usados é a ausência de taxas promocionais. “A taxa de um seminovo, por exemplo, fica em torno de 1,3% ao mês”, ressalta Meneghetti.
Aumento das vendas de seminovos
A tendência apontada pela Fenabrave de redução dos estoques de carros usados é confirmada por analistas do setor, especialmente no que se refere aos seminovos. O sócio-diretor da Roland Berger Strategy Consultants e especialista no segmento automotivo, Stephan Keese, afirma que os preços mais competitivos dos veículos seminovos têm atraído o consumidor de novos.
“Neste grupo, vejo um interesse grande no setor de seminovos. A minha expectativa é que agora temos duas tendências: redução dos estoques de seminovos e aumento das vendas”, explica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário