MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 24 de junho de 2012

Equoterapia ajuda em tratamento de crianças em Porto Velho


A terapia alternativa só começa com indicação médica.
Controle do equilíbrio é o principal benefício.

Larissa Matarésio Do G1 RO

Lucca Bettanin fazendo a primeira sessão de equoterapia. (Foto: Jenifer Zambiazzi/G1)Lucca Bettanin fazendo a primeira sessão de equoterapia. (Foto: Jenifer Zambiazzi/G1)
Uma terapia alternativa feita com ajuda de cavalos, chamada de equoterapia, tem melhorado a qualidade de vida de crianças. Pais de pacientes relatam a melhora significativa, principalmente na coordenação motora e no raciocínio lógico. As sessões são realizadas uma vez por semana em locais arborizados da cidade de Porto Velho, RO.
A avó da Maria Gabriele, de 6 anos, fica emocionada ao falar da evolução da neta. “Já faz um ano que ela faz esse tratamento, e hoje ela tem muito mais equilíbrio. Consegue até ficar sentadinha”, conta.
Com um ano e 11 meses, a pequena Maria Letícia, que tem microcefalia, começou cedo. “Ela faz outras terapias, mas a que deu mais firmeza e a deixa mais calma é a equoterapia”, diz Francimary Sena, mãe da menina.
Elaine Bettanin é mãe do Lucca, de 6 anos de idade, que tem paralisia cerebral, e estava na primeira sessão. “O neurologista recomendou como uma tentativa de melhorar o equilíbrio e a ansiedade do Lucca. Resolvemos aceitar porque é uma terapia realizada ao ar livre, e isso faz toda a diferença para uma criança que passa a vida toda em ambientes clínicos. Aqui ele vai acabar se tratando e divertindo ao mesmo tempo, de maneira lúdica”, avalia a mãe.
O paciente que faz equoterapia é chamado de praticante e o acompanhante da área da saúde ou da educação é o medidor. “O doutor nesse tipo de terapia, é o cavalo. Ele é o pivô da reabilitação. É ele quem faz o trabalho na coordenação motora fina do praticante e ajuda no raciocínio lógico, com os estímulos que o mediador oferece”, conta Fabiano Santiago, fisioterapeuta.
Como funciona
O tratamento não tem uma faixa etária definida, algumas crianças começam a praticar desde os seis meses de idade, mas só é realizado se houver encaminhamento médico e uma condição física adequada.
Maria Letícia já faz tratamento há um ano em conjunto com outras terapias. (Foto: Larissa Matarésio/G1)Maria Letícia já faz tratamento há um ano em conjunto com outras
terapias. (Foto: Larissa Matarésio/G1)
A terapia com cavalos trabalha principalmente com a parte motora, mas também ajuda no raciocínio lógico e nos estímulos sensoriais e de linguagem. “Enquanto a criança está montada, o mediador que estiver ao lado dela vai fazer um tipo de estimulação. A fonoaudióloga, por exemplo, vai trabalhar com o fortalecimento da face e da linguagem, apresentando e fazendo-a treinar sons, sílabas e palavras novas que encontrar pelo caminho”, ressalta a fonoaudióloga Suzanny Rates.
O ganho adquirido nas sessões de equoterapia que os profissionais mediadores mais ressaltam é a evolução no desenvolvimento motor dos pacientes. “Um tratamento que demoraria um ano para obter resultados, em seis meses eu já consigo ver melhoras significativas com essa terapia. É um ganho de 50% para o praticante”, conta Ithalissia Bonfim, fisioterapeuta. “A diferença é que o cavalo é o único animal que tem o passo semelhante a marcha humana, então o próprio movimento do cavalo já é um estímulo motor”, completa a fisioterapeuta.
O tratamento é indicado principalmente para doenças como distúrbio invasivo (autismo), encefalopatia crônica não evolutiva (paralisia cerebral), déficit de atenção em crianças. Também é indicado para idosos com Mal de Parkinson e esquizofrenia.

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