Em PE, ministra assina termos para construção de cisternas no NE

Ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, foi a São Caetano.
Investimento de R$ 140 milhões deve beneficiar cerca de 232 mil pessoas.

Do G1 PE

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, assinou dois termos de compromisso junto à Articulação do Semi-Árido (ASA), em São Caitano, no Agreste pernambucano, na quarta-feira (6), para garantir a construção de cisternas nas cidades atingidas pela estiagem. Por causa da seca, considerada a pior dos últimos 30 anos, o governo federal anunciou o investimento de quase R$ 140 milhões para a construção de 41.030 cisternas e tecnologias de captação de água. A ação beneficiará cerca de 232 mil pessoas em toda a região.

A ministra visitou ainda o povoado do Boqueirão. No local, é onde mora a agricultora Ivanilda Torres, que já foi beneficiada anteriormente por programas de construção de cisternas. “Foi uma grande melhoria para minha família. A gente vivia perdendo tempo porque esperava um caminhão de água para ver se conseguia duas latinhas de água”, contou. A agricultora teve um segundo reservatório construído, em 2009, que agora tem capacidade para 52 mil litros. “É para irrigar a minha plantação e ter uma alimentação melhor. Pra mim, é uma grande riqueza. Uma casa sem água, não tem como viver”, completou.

A expectativa é de que as obras beneficiem 253 municípios nos estados atingidos pela seca. Só em Pernambuco, 31 cidades devem receber 6.961 equipamentos de armazenamento de água, entre cisternas e barragens. A construção das tecnologias ocorrerá através dos dois programas da ASA: o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC ), que fará a construção de 33.400 cisternas de 16 mil litros, e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2 ), responsável pelas 7.630 tecnologias de captação de água para produção de alimentos e criação animal.

O prazo de execução das implementações é de sete meses e envolverá cerca de 100 entidades da sociedade civil. A ministra Tereza Campello assinou os termos de compromisso no centro de São Caitano. “A construção das cisternas tem nos ajudado muito no Nordeste a conviver no semiárido. Essa seca talvez só tenha uma coisa de positiva, que é mostrar pro mundo e pro Brasil todo como a experiência de cisternas e ter construído mais 500 mil no Nordeste ao longo dessa década foi positiva”, falou.