MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 23 de junho de 2012

Em MS, homem mantém Fusca que comprou de fábrica há 44 anos


Militar tem até hoje nota fiscal e não cogita possibilidade de vender carro.
Fusca é um dos 68 veículos que integram confraria em Campo Grande.

Fernando da Mata Do G1 MS

Homem mantém Fusca que comprou de fábrica há 44 anos em MS  (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)Militar reformado comprou veículo em 1968, ano em que foi fabricado (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)
O Dia Mundial do Fusca, comemorado nesta sexta-feira (22), é uma data significativa há 44 anos para o militar reformado Arnaldo Rubens Carvalho Silva, 77. O motivo é que ele comprou um Fusca 1968 original de fábrica e, até hoje, foi o único proprietário. O veículo é um dos 68 que integram a Confraria Apaixonados por Fusca e Derivados em Campo Grande.
Silva se preocupou com a manutenção constante e quase não modificou o carro durante, que tem 118 mil km rodados sem ter o motor 1.300 'refeito' nenhuma vez. Os únicos itens trocados foram os retrovisores. O militar reformado mostra com orgulho a nota fiscal, manual do proprietário, cartão de revisão e lista de serviços, material todo da época da compra.
Dono de Fusca 1968 exibe nota fiscal de fábrica em Campo Grande MS (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)Silva exibe nota fiscal de compra datada de maio
de 1968 (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)
“Tenho ele desde 0 km e é uma coisa mais de família. Minha mulher e eu dirigimos por muito tempo este carro, formei três filhas na faculdade com auxílio deste Fusca. É o xodó da família”, contou.
O Fusca de Silva viajou algumas vezes por São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e o dono não cogita a possibilidade de vendê-lo. “Eu até brinco que, se eu vender o carro, perco a mulher. Para eu vender, a pessoa tem que chegar a uma quantia que chame atenção. Nunca menos que R$ 30 mil, daí pra cima eu paro para escutar”, afirmou.
Quem ajuda no cuidado com o carro é o estudante Leandro Carvalho Silva Martins, 24 anos, neto do militar. Tratamento que vai desde a lavagem até a manutenção mecânica. “É melhor para dirigir que o meu, pelo estado de conservação, pelo ano dele, está tudo justinho”, brincou.
'Clube de Fuscas'
Criada em fevereiro deste ano, a Confraria Apaixonados por Fusca e Derivados tem 45 Fuscas cadastrados e outros veículos como Brasília e Variant. O representante do grupo, Jefferson Marques, disse que tudo começou com 'encontros' pela internet.
“A Confraria começou com quatro amigos, na época nos conhecemos em um fórum na internet. Nossa ideia é de buscar fornecedores de peças para fazer manutenção dos veículos, unir forças para escolher mão de obra e peças e também estreitar laços entre os integrantes”, relatou. Os integrantes promovem os encontros dos Fuscas duas vezes por mês nos altos da avenida Afonso Pena.
Os veículos são separados em três estilos, de acordo com o comerciante Leonardo Oliveira, 29 anos. “Temos original, hoodride e old school. No primeiro, o dono vai em busca do mais original possível no carro, de como este saiu de fábrica. No segundo estilo, o dono não se preocupa com aparência externa e, no interior, faz do jeito que acha melhor. O terceiro estilo é a velha escola, onde os donos cuidam mais da aparência e vão em busca de acessórios da época”, descreveu Oliveira.
Fuscas de Confraria em Campo Grande MS (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)12 Fuscas de confraria reunidos nos altos da Afonso Pena (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)
Outros sócios
O gerente de compras Ernani Broering, 28 anos, tem um '1968' há quatro meses e enquadra o carro na primeira categoria. “Sempre tive vontade de comprar um Fusca. Meu objetivo é deixá-lo mais original possível, do jeito que saiu da fábrica.”
Para atingir a meta, ele precisa de ter o sistema de ar quente reativado, ter os pedais trocados e de um macaco da época. Sobre uma possível venda, Broering é taxativo. “Eu vendo só se for para pegar outro Fusca.”
Fusca com Pica Pau em Campo Grande MS (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)Povh demorou três anos para personalizar Fusca
1976 (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)
Ao contrário do gerente de compras, o comerciante Márcio Alexandre Povh não exitou em modificar o seu '1976'. Há cinco anos com a máquina, ele contou que demorou três para reformá-lo. “Comprei para eu mesmo fazer a restauração em casa. Fui fazendo passo a passo, peça por peça.” Dentre as modificações, bancos, sistemas de ignição e elétrico, vidros e trava elétrica.
Para não passar calor dentro do veículo, montou uma sistema de ventilação com um secador de cabelo. “Sabia que o motor era 12V e assoprava e Fusca precisa de ventilação”, destacou o comerciante.

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