Comunidades em Rondônia garantem geração de renda

Projetos de Tecnologias Sociais são aplicadas na capital e interior.
Uso de recursos naturais é o principal objetivo.

Taísa Arruda Do G1 RO

Alunos da Barão do Solimões participam do fórum. (Foto: Taísa Arruda/G1 RO)

Fórum municipal de Tecnologias Sociais realiza seminário para discutir reaplicação, conceito e práticas trabalhadas em Rondônia. O diálogo gira em torno do desenvolvimento das tecnologias sociais, ou seja, como famílias rurais podem melhorar a condição de vida aproveitando recursos naturais ou mesmo agregando valor as técnicas já utilizadas sem agredir o meio ambiente, gerando renda.
Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Barão do Solimões participaram do fórum. A ideia é difundir os projetos que tiveram sucesso. O objetivo é fazer a interação com a comunidade em que vivem. Criando, apresentando e melhorando efetivas soluções previamente estabelecidas.
Cerca de cinco projetos foram apresentados, entre eles o do babaçu. Iremar Antônio Ferreira, coordenador do Projeto Babaçu, desenvolve os trabalhos no município de Guajará-Mirim, distante cerca 512 quilômetros da capital. Desde 2005, estudos realizados com famílias que trabalhavam com o babaçu. A meta alcançada foi a de melhora no aproveitamento da matéria prima natural abundante na região. Com o óleo do fruto é possível geração de energia sem o uso do óleo diesel. Além de sabão, xampú e sabonete e ração para os animais que são produzidos a partir do fruto e vendidos no mercado local.
Horta de ciclo fechado
Laís Mary Lisboa de Lima, coordenadora do projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), programa do governo federal implantado em Porto Velho em 2009 através de convênio, trabalha com 100 famílias em Porto Velho e 300 divididas entre os municípios de Cacoal e Rolim de Moura. Essas famílias receberam um kit, compostos de caixa d'água, material necessário para implantação de canteiro central de irrigação além de mudas. A intenção é que seja instalada um horta de ciclo fechado. Os resíduos produzidos pelos animais são utilizados como adubo para alimentos plantados e o  que não é consumido pela comunidade é aproveitado pelos animais.
O programa tem a meta não só de geração de renda, mas principalmente de sustentação familiar e a garantia de uma alimentação saudável. Em 2011, 11 famílias atingiram bons resultados, juntas alcançaram R$ 80 mil com a venda dos alimentos.
O secretário Municipal de Turismo, Agnaldo Nepomuceno, afirmou em entrevista ao G1, que  interessados em desenvolver ou já que estiverem trabalhando com algum projeto de Tecnologia Social podem procurar a secretaria. "A intenção nossa a partir de agora é ampliar o conceito. Trazer para nossa cidade o projeto Agricultura Urbana onde as pessoas vão utilizar os seus quintais para produção de alimentos de consumo imediato. Com isso desafogamos o campo, reduzimos o custo com a compra de alimentos além de não haver mais necessidade de compra no supermercado de alguns tipos de vegetais por exemplo, e ainda possibilita o não uso de insumos prejudiciais à saúde".
Por enquanto todo o recurso investido nos projetos é de orçamento próprio. O secretário não soube precisar o volume investido.