Rio de Janeiro – O ex-presidente da República e senador Fernando Collor (PTB-AL) cobrou a participação de chefes de Estado na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e se disse confiante nos resultados do encontro. Collor foi um dos homenageados sexta-feira (15) à noite em um evento especial no Riocentro, alusivo aos 20 anos da Rio92, conferência que presidiu.“É preciso um alerta aos chefes de Estado e de governo de que eles precisam acordar. Precisam se mobilizar, se movimentar. A ausência de um chefe de Estado ou de governo na Rio+20, eu considero um ato de covardia, porque estão fugindo ao debate, num momento crucial para o futuro do planeta.”
Apesar do estágio atual de dissenso sobre o documento final da conferência, Collor disse à Agência Brasil que está otimista quanto aos resultados finais da Rio+20. “Estou muito otimista. Agora, com o Brasil chefiando as negociações, eu não tenho dúvida de que a situação melhora. Nosso grupo negociador é muito bom e competente. Sabe construir consensos, e isso é o que necessitamos para o sucesso da conferência.”
Collor criticou a possibilidade de haver retrocessos na carta final da Rio+20 em referência ao que foi acordado há 20 anos, na Rio92. “É um princípio do direito humanitário de que não se pode retroagir em qualquer conquista da humanidade, inclusive em termos ambientais.”
Além de Collor, foi homenageado o ambientalista canadense Maurice Strong, que foi o secretário-geral da Rio92. Também participaram do evento os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
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