MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 5 de junho de 2012

Cana, milho, algodão e café devem bater recordes de safra, diz IBGE


Pela 1ª vez em dez anos a produção do milho deve ser superior à da soja.
Área plantada aumentou e também é recorde, segundo pesquisa.

Lilian Quaino Do G1, no Rio
Quatro produtos agrícolas devem registrar variação recorde na safra 2012 em relação ao ano passado: a cana-de-açúcar com aumento de 4,2%; o milho, com alta de 21,7%; algodão, com avanço de 4,6%; e café, com aumento de 13,6%. A previsão de produção para 2012 de algodão é 5,3 milhões toneladas; café, três milhões de toneladas; cana-de-açúcar, 745,2 milhões de toneladas; milho, 68,5 milhões de toneladas, informou na manhã desta terça-feira (5) Mauro André Andreazzi, gerente de Coordenação de Agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Andreazzi, as culturas estão em plena colheita e pouca coisa pode variar na estimativa de produção.
Ele anunciou nesta terça que a safra de grãos produzidos no Brasil deve ser 0,1% maior em relação ao ano passado, com uma estimativa recorde de 160,3 milhões de toneladas.
A área plantada aumentou 2,5% em relação a 2011, passando para 49,8 milhões de hectares. É também a maior área já plantada desde a série histórica da pesquisa iniciada em 1975, disse o pesquisador.
Estiagem prejudica soja
Pela primeira vez em dez anos a produção do milho deve ser superior à da soja. A soja teve redução de 12,4% na produção em relação a 2011, e o milho aumentou 21,7%, segundo levantamento do IBGE. Enquanto a soja foi prejudicada pela estiagem na Região Sul e no Nordeste do país, o milho foi beneficiado pelos estoques nacionais e internacionais baixos e pelo bom preço, o que levou os produtores a plantarem mais. E, segundo Andreazzi, o volume de produção do milho por área é o dobro do da soja.
“Um hectare produz 50 sacas de 60 quilos de soja, enquanto a produção de milho será de cem sacas”, explicou Andreazzi.
A produção de arroz deve cair 13,5% em relação 2011 em parte por causa da estiagem e também decido à decisão de plantio: o preço não era convidativo e a área plantada foi diminuída, disse o pesquisador do IBGE.
Queda no feijão
Na comparação com abril de 2012, o pesquisador destacou as variações mensais nas estimativas de produção. O algodão aumentou 3%, principalmente pela produção de Mato Grosso, que responde por 58% da safra nacional). A batata-inglesa teve aumento de 5,1% na terceira safra. O pesquisador explica que se trata de um levantamento difícil já que o produtor é nômade, alternando a área plantada alternada para evitar pragas. Já o café teve queda de 0,6% por problemas climáticos – o excesso de chuvas provocou fungos e diminui a produção. O feijão também teve variação negativa de 2,1%.
“A cultura do feijão tem ciclo curto, com três safras ao ano. Na primeira safra, plantada no final do ano passado, o preço estava preço abaixo de R$ 70, quando o razoável é em torno de R$ 95 por saca de 60 quilos do feijão preto, e foi prejudicada também por problemas de clima. O preço foi melhorando e incentivou o plantio da segunda safra. A terceira já está sendo plantada com bom preço”, explicou o pesquisador.
Mas é provável que seja necessário importar feijão. Segundo Andreazzi, dados do Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) mostram que o consumo de feijão do brasileiro por ano é de 3,7 milhões de toneladas, e a produção deve ficar em 3,1 milhões de toneladas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário