MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Vendas de veículos importados caem 12,8% em abril, aponta Abeiva


IPI, valorização do dólar e crédito restrito prejudicam importadoras oficiais.
'Promessa do governo é até o fim do mês anunciar mudanças', diz entidade.

Priscila Dal Poggetto Do G1, em São Paulo
Confira os veículos importados que estarão no Salão de São Paulo (Foto: Montagem/fotos de divulgação)Empresas importadoras sofrem com retração do
mercado (Foto: Montagem/fotos de divulgação)
As empresas importadoras de veículos filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) encerraram o mês de abril com queda de 12,8% das vendas, na comparação com março. Ao todo, foram 11.917 unidades emplacadas contra 13.666 no período anterior. A redução da demanda de importados é justificada, principalmente, segundo a entidade, pela alta do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), mas a alta do dólar e a maior restrição de crédito por parte dos bancos também influenciam o resultado.
Promessa do governo é de que até o fim do mês seja anunciado um pacote de ajuda para os importados"
Flavio Padovan, presidente da Abeivar
Em relação a abril do ano passado, a retração é ainda maior, de 28,1%. O mês, que é tradicionalmente forte em demanda por veículos novos, teve 16.573 veículos importados emplacados no ano passado.  O fechamento do quadrimestre também mostrou queda de vendas no segmento, de 9,2%. Foram 47.380 unidades emplacadas até agora, contra 52.161 no mesmo período do ano passado. "Esta queda só não foi maior porque no começo deste ano ainda havia veículos nos estoques com IPI antigo", afirma o novo presidente da Abeiva, Flavio Padovan.
Embora a Abeiva seja favorável ao novo regime automotivo, a entidade está em negociação com o governo para receber ajuda, independentemente das últimas mudanças. Segundo Padovan, a promessa do governo é de que até o fim do mês seja anunciado um pacote de ajuda para os importados. "As empresas que importam não podem simplesmente fechar as portas e ir embora. Está muito difícil justificar para as matrizes a queda nas vendas que estamos tendo, mas acho que o governo entendeu."
De acordo com o presidente da entidade, nenhuma empresa está repassando aos preços o reajuste total do IPI. "Seria um suicídio, mas precisamos recuperar as margens", ressalta. Padovan argumenta ainda que as associadas recolhem cerca R$ 6 bilhões de impostos anualmente e geram 35 mil postos de trabalho.

Mesmo com expectativa positiva para uma mudança do comportamento do governo, a Abeiva afirma que a ajuda será para dar um novo "fôlego" ao segmento, mas não resolverá o problema. "Estamos pedindo uma medida que alivie o peso do IPI. Queremos um tratamento igual e justo", ressalta.
A Abeiva é formada por Audi, Bentley, BMW, Changan, Chery, Chrysler, Dodge, Effa Changhe, Effa Hafei, Ferrari, Hafei Motor, Haima, Jac Motors, Jaguar, Jeep, Jinbei Automobile, Kia Motors, Lamborghini, Land Rover, Lifan, Maserati, Mazda, Mini, Porsche, SsangYong, Suzuki e Volvo.

Restrição de crédito e dólar valorizado
Os 30 pontos percentuais a mais no IPI são somados à alíquota de importação de 35%, fora PIS e Cofins. "Só de encargos temos 180% do preço que os veículos são importados", diz Padovan. No entanto, não são apenas esses os fatores que reduzem a competitividade dos importados. A alta do dólar e o aumento das restrições na oferta de crédito por parte dos bancos também influenciam fortemente nos resultados, de acordo com o presidente da Abeiva.
Com isso, a participação no mercado brasileiro das importadoras oficiais caiu de 6,07% em abril de 2011 para 4,87% em abril deste ano. Ao comparar os quadrimestres, a queda foi de 4,96% para 4,66%. Já os veículos importados pelas montadoras instaladas no país, filiadas à Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), representaram 18,8% dos emplacamentos de abril e 20,5%, do quadrimestre. Segundo a Anfavea, foram emplacados 1,17 milhão de veículos nos primeiros quatro meses do ano, sendo 244,8 mil apenas em abril.
Rede de concessionárias aumenta
Embora a situação não seja favorável às importadoras, o número de concessionárias subiu de 848 pontos de vendas para 882 em abril.

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