MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Rodovias de MG, PA e GO lideram em pontos de prostituição infantil


Estradas do país têm 1.776 pontos vulneráveis à exploração de menores.
Segundo governo, número é 2,4% menor do que o encontrado em 2011.

Do G1, em Brasília

Mapeamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado nesta sexta-feira (18) aponta 1.776 pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais do Brasil. O número representa redução de 2,42% dos pontos localizados no balanço de 2010/2011, quando foram encontrados 1.820 locais vulneráveis à exploração de menores.
Os dados foram divulgados em razão do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - comemorado nesta sexta - e fazem parte do Mapeamento de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais 2011/2012.
Dos 1.776 pontos vulneráveis apontados no relatório da PRF, 398 ficam na região Centro-Oeste do país, 371 no Nordeste, 333 no Norte, 358 no Sudoeste e 316 no Sul. Além disso, de acordo com a polícia, 65,9% (1.171) são considerados como críticos e de alto risco de vulnerabilidade. O relatório de 2010/2011 apontou 1.402 pontos nesta situação.
Os cinco estados que mais apresentam pontos vulneráveis são: Minas Gerais, com 252 pontos; Pará, com 208; Goiás, com 168; Santa Catarina, com 113; e Mato Grosso, com 112 locais considerados vulneráveis à exploração sexual. O estado com menos pontos vulneráveis é o Amapá, onde foram localizados cinco pontos.
Seis rodovias do país – BRs 230, 116, 101, 364, 153 e 163 – apresentam 45,38% dos pontos identificados pelo relatório. O documento também apontou que a maioria (65,8%) dos locais vulneráveis à exploração sexual de menores fica em áreas urbanas, enquanto 34,2% ficam em áreas rurais.
O relatório apontou o resgate e encaminhamento, desde 2005, de 3.251 crianças e adolescentes que viviam em situação de risco nas rodovias federais do Brasil. O mapeamento foi realizado pela PRF, em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, a Organização Internacional do Trabalho e a organização internacional Childhood Brasil.
A diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento Souza (Foto: Mariana Zoccoli / G1)A diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento
Souza (Foto: Mariana Zoccoli / G1)
A diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento Souza, disse que a polícia está engajada no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais. "Há dez anos a polícia trabalha para diagnosticar os pontos vulneráveis [nas rodovias]".
De acordo com a inspetora da PRF e coordenadora do relatório, Márcia Freitas, em apenas uma operação no ano passado, a polícia resgatou 53 crianças e adolescentes das rodovias federais. Na mesma operação, foram reprimidos 37 pontos vulneráveis à exploração sexual e detidos 30 infratores. Ela afirmou que a PRF conta atualmente com 9.194 policiais - 1.500 por dia - para cobrir mais de 63 mil quilômetros de rodovias federais brasileiras.
Disque 100
Dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República divulgados nesta sexta e antecipados pelo G1 na quinta-feira (17) relevam que o Disque Direitos Humanos recebeu 82.281 denúncias de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes em 2011, uma média de 225 por dia. O número representa quase o triplo das denúncias recebidas no ano anterior, quando houve um total de 30.544 – um aumento de 169,4%.
O relatório da secretaria também apontou que, entre janeiro e abril deste ano, o total dos relatos sobre abusos contra crianças e adolescentes já representa quase a metade do recebido em todo o ano passado. Foram 34.142 atendimentos de janeiro a abril, aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2011.
As denúncias de abuso contra menores representaram 84,7% do total recebido pelo serviço em 2011. Também foram registrados relatos sobre violações contra idosos (8,7%), pessoas com deficiência (3,2%), população LGBT (1,3%), população de rua (0,5%) e outros grupos, como quilombolas e indígenas (1,7%).
De acordo com os dados da secretaria, as denúncias de violência contra crianças e adolescentes dividiram-se em: negligência (40,88%), seguida da violência psicológica (24,34%), violência física (21,67%) e sexual (11,53%). Esta última divide-se em: abusos (70%) e exploração sexual (30%).
Por estado e região
São Paulo lidera o número de denúncias recebidas pelo Disque 100 sobre violência contra crianças e adolescentes em 2011, com um total de 10.496 ligações (12,8% do total). Em seguida, vem a Bahia, com 9.395 denúncias (11,4%), Rio de Janeiro, com 9.120 (11,1%), Minas Gerais, com 5.703 denúncias (6,9%), e Maranhão, com 4.686 ligações (5,7%).
Os estados que menos registraram ligações em 2011 foram Roraima, com 95 relatos (0,1%), Amapá, com 178 denúncias (0,2%), Acre, com 352 denúncias (0,4%), Tocantins, que registrou 435 relatos (0,5%) e Sergipe, com 829 denúncias (1%).
Nos primeiros meses deste ano, São Paulo continua a liderar o total de ligações, com 4.644 relatos, seguido pelo Rio de Janeiro com 4.521 e Bahia com 3.634.

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