MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 12 de maio de 2012

Rio importa rosas da Colômbia para 'abastecer' o Dia das Mães


Venda de flores chega a triplicar na data comparado a um dia comum.
Comércio do RJ prevê alta de 12% nas vendas do Dia das Mães.

Lilian Quaino Do G1, no Rio

O comércio do Rio espera um aumento de 12% nas vendas para o Dia das Mães em relação a igual período do ano passado, segundo Aldo Gonçalves, presidente do Conselho de Comércio de Bens e Serviços da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Os artigos mais vendidos para presentear as mães continuam sendo roupas, bolsas, sapatos, jóias e bijuterias, além do celular.
As vendas de flores, no entanto, devem crescer ainda mais. Os lojistas do Mercado de Flores, tradicional núcleo de floristas que fica no Centro do Rio, se prepara para até triplicar as vendas, segundo explica Alvinho Barros Monteiro, síndico do mercado e filho de um dos mais tradicionais floristas do mercado, Álvaro da Camélia. Além das rosas dadas pelos filhos, já se torna tradição lojas e restaurantes oferecem a flor às mulheres no Dia das Mães, obrigando o comércio a se adequar a tal demanda.
Em sua loja, Alvinho já reservou três mil dúzias de rosas para os clientes. Dessas, duas mil dúzias são de rosas vindas da Colômbia.
Eduardo e Alvinho com as rosas colombianas que importaram para o Dia das Mães (Foto: Lilian Quaino/G1)Eduardo e Alvinho com as rosas colombianas que importaram para o Dia das Mães (Foto: Lilian Quaino/G1)
“Este ano a produção no Brasil foi um pouco menor por causa do clima e as rosas, principalmente de Holambra (SP), foram arrematadas em leilão, em sua maioria, por Brasília e por São Paulo. Sobrou pouco para o Rio, por isso tivemos que reforçar o estoque com rosas importadas. Para o Dia das Mães, 70% das rosas que oferecemos são colombianas, e somente 30% são brasileiras”, disse ele, dizendo que a rosa colombiana é robusta e resistente.
“É lindíssima e tem em todas as cores”, completa o irmão Eduardo, que, ao lado do pai e de Alvinho, administra o negócio.
Eles dizem que a rosa ainda é a preferida para presentear as mães, mas as orquídeas têm muita saída também, assim como as gérberas. “É um presente que nunca vai sair de moda ou ser esquecido, porque sempre tem muito sentimento da parte de quem escolhe uma flor para dar de presente.
O Mercado das Flores data de 1908, e a loja de Álvaro lá está fincada há 55 anos. À tradição, eles aliaram a facilidade da venda online que, segundo dizem, está alavancando o negócio. “As vendas na porta da loja crescem de 8% a 10% ao ano, enquanto a venda virtual cresce de 15% a 20% ao ano. Hoje 50% das vendas são feitas pelo site”, diz Alvinho.
O carioca está vivendo um momento de bom astral. Dá para sentir isso"
Aldo Gonçalves
Bom momento
Segundo Aldo, do Conselho de Comércio, a previsão de aumento no consumo acompanha o crescimento da economia, que tem se mostrado favorável nos últimos tempos, principalmente no Rio de Janeiro. Ele também preside o Clube dos Diretores Lojistas do Rio e Sindilojas, o sindicato dos lojistas e suas boas perspectivas para as vendas vêm das entrevistas que fez com 500 lojistas. Gonçalves diz que o Dia das Mães é a segunda melhor data para o comércio do Rio depois do Natal.
“Os grandes eventos anunciados como a Copa do Mundo e as Olimpíadas deixam o carioca muito otimista. Para o ato de comprar, a pessoa tem que estar de bem com a vida. Tem ajudado bastante ainda a redução da violência. Isso estimula as pessoas a saírem, a circularem. As pessoas compram muitas vezes por impulso e o carioca está vivendo um momento de bom astral. Dá para sentir isso”, diz ele.
Outro fator que confirma a previsão de crescimento nas vendas na semana do Dia das Mães é o fato de as dívidas quitadas estarem aumentando em quatro meses – cresceram 4,2% em abril, enquanto a inadimplência aumentou 1,8%, ambos em relação a igual período do ano passado.
“As pessoas estão quitando suas dívidas e limpado seu nome. Isso é sinal que estão se recuperando. São pessoas honestas que tiveram um revés na vida e se recuperam e voltam ao mercado e ao consumo, o que é bom para a economia como um todo”, explicou.
Filas em restaurantes
Também para os restaurantes o Dia da Mães é o que registra maior movimento, chegando a dobrar em relação a um fim de semana comum. Darcílio Junqueira, superintendente do Sind-Rio, o sindicato dos hotéis, bares e restaurantes, explica que os restaurantes se preparam para a grande demanda da data, mas as filas são inevitáveis. Um dos maiores problemas enfrentados tanto pelos responsáveis pelos restaurantes como pelos clientes que aguardar uma mesa é o atraso de quem faz reservas.
"Isso não pode acontecer, o consumidor tem que chegar na hora reservada e com o número de pessoas combinado, porque, senão, a demora na fila aumenta cada vez mais, deixando os responsáveis pelos restaurante em situação muito complicada", diz Junqueira.
Ele explica que uma tendência no Rio é a entrega em casa no Dia das Mães para fugir dos restaurantes cheios.
"Estão transferindo a festa do Dia das Mães para a própria casa, servido no almoço a comida do restaurante que gostam. Assim a mãe não tem que ir para a cozinha nem se estressar na fila", brinca Junqueira.

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