MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Professores grevistas usam máscara de 'O Grito' em caminhada de protesto


'A ideia é expressar o descontentamento', diz professora de Geografia.
Categoria em greve há 45 dias faz caminhada no Dique do Tororó.

Egi Santana e Tatiana Maria Dourado Do G1 BA

Professores greve Salvador Bahia O Grito (Foto: Egi Santana/G1)Professores estão em greve há 45 dias por reajuste salarial (Foto: Egi Santana/G1)
Cerca de doze professores grevistas usam máscaras em referência ao quadro "O Grito", de Edvard Munch, durante caminhada de protesto realizada na manhã desta sexta-feira (25), no Dique do Tororó, em Salvador. A ação reúne centenas de profissionais da rede estadual de ensino, que mantêm greve há 45 dias. "A ideia é expressar o nosso descontentamento em relação ao governo do estado com 'O Grito'", disse, mascarada, uma professora de Geografia, que prefere não ser identificada.
Protesto de professores em Salvador (Foto: Egi Santana/ G1)Apenas uma pista do Dique está liberada
(Foto: Egi Santana/ G1)
A caminhada ocorre nos entornos do Dique, próximo às obras da Arena Fonte Nova, e provoca lentidão no trânsito. Apenas uma faixa da pista foi liberada para o tráfego de veículos. Equipes de polícia e agentes da Transalvador, órgão de trânsito, estão no local para controlar e organizar o tráfego. Antes da caminhada, os grevistas fizeram um café-da-manhã acompanhados do som de protesto tocado por uma banda de sopro e marchinhas.
Reivindicações
Os professores querem reajuste de 22,22% no piso nacional. Eles alegam que o governo fez acordo com a categoria, em novembro do ano passado, que garantia os valores do piso nacional, e depois ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. No dia 25 de abril, os deputados aprovaram o projeto enviado pelo executivo que garante o piso nacional a mais de cinco mil professores de nível médio.
A greve já foi considerada ilegal pela Justiça e o ponto dos grevistas foi cortado. O departamento jurídico do sindicato da categoria (APLB) deu entrada em uma ação com pedido de liminar à Justiça na tentativa de derrubar a ordem que impõe multa diária de R$ 50 mil até encerramento da greve. Segundo o presidente do sindicato da categoria, Rui Oliveira, com o corte dos salários, os professores não vão repor as aulas perdidas durante a paralisação. O Ministério Público fez uma reunião no dia 24 de abril e se colocou à disposição para mediar o impasse entre a categoria e o governo.
No dia 15 de maio, o Governo da Bahia divulgou comunicado informando que pagaria os salários cortados aos professores em greve caso a categoria se comprometesse a retornar imediatamente às atividades, o que não aconteceu.

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