Por conta dos encontros periódicos, integrantes ficam longe do vício. Pesquisa apontou que 6 milhões de brasileiros são viciados em jogos.
Para os integrantes do grupo, qualquer tipo de jogo envolvendo dinheiro ou apostas é proibido. O aposentado, que procurou a ajuda do grupo conta a sua experiência. “É uma doença que para você curar tem que ter muita força de vontade. Naquela época, não conseguia nem dormir, sempre tinha que correr atrás de mais dinheiro para poder jogar nas máquinas. Nas financeiras, eu mostrava meu contra-cheque, ganhava bem, então me liberavam mais dinheiro”, disse.
Já outro aposentado, de 83 anos, considera que perdeu 10 anos da vida enquanto fazia apostas em jogos do bicho. “Eu morava no interior, mas meu irmão me trouxe para a capital para estudar. Naquela época, por azar, fiz um jogo do bicho e ganhei uma centena. Daí para frente eu só queria ganhar mais e mais”, contou.
Porém, para o ex-viciado em jogos, a maior perda que teve não foi financeira, mas sim dentro da própria casa. “Estava tão viciado que nem queria nem saber de nada. Minha mulher passou muita raiva comigo e meus filhos me condenavam por tudo”, disse o aposentado.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que mais de 6 milhões de brasileiros são viciados em jogos. Porém, nessa apuração não mostra aqueles que apostam e ganham dinheiro em jogos legalizados, como a Megasena, por exemplo.
O psicanalista Francisco Veloso explicou que os jogos legais também acarretam vício. “Comparo com a bebida alcoólica, que é legalizada, mas é o vício que mais mata no mundo. Em cima do que é legalizado se pagam impostos e é encarado como se não fizesse mal, mas na verdade faz sim”, explicou.
Serviço
Grupo Jogadores Anônimos
Rua Dom Pedro I, Maruípe
Vitória, Espírito Santo.
O local fica próximo à Igreja São José Operário
Grupo 'Jogadores Anônimos' ajuda viciados em jogos, no Espírito Santo (Foto: Reprodução / TV Gazeta)
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