MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Pecuaristas de MS querem vacinar gado em áreas invadidas por índios


Agencia Estado
Brasília, 07 - Os criadores de gado de corte da região do Pantanal sul-mato-grossense que tiveram suas propriedades invadidas por indígenas nos últimos dias buscaram nesta segunda-feira apoio do governo estadual para concluir a imunização dos animais contra a febre aftosa.
Segundo nota da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), "mesmo diante da insegurança sobre a posse da propriedade e de temer sobre a integridade física das famílias e funcionários, os proprietários querem concluir a vacinação e garantir a sanidade do rebanho".
A Famasul e representantes dos criadores entregaram nesta segunda-feira à tarde um ofício à secretaria estadual de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), no qual pedem que a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) acompanhe de perto a vacinação nas fazendas invadidas.
Segundo a Famasul, pela manhã os produtores e os dirigentes da entidade se reuniram com a secretária da Seprotur, Tereza Cristina Corrêa da Costa, e representantes da Polícia Federal, da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Superintendência do Ministério da Agricultura (SFA) e do Iagro para "cobrar ações do poder público em relação a mais esse litígio no Estado".
A Famasul lembra que, na semana passada, sete propriedades foram invadidas na região pantaneira de Mato Grosso do Sul e pelo menos outras cinco já tiveram sua invasão anunciada pelos indígenas que habitam a Reserva Kadwéu para os próximos dias. A entidade relata que com as últimas invasões 60 propriedades estão ocupadas pelos indígenas no Estado.
Na nota, a Famasul afirma que a reserva indígena, homologada em 1903, tem 373 mil hectares nos limites do município de Porto Murtinho e abriga cerca de quatro mil indígenas. "A pretensão dos integrantes da etnia é de ampliar em mais 155 mil hectares a área da reserva, pertencente ao município pantaneiro de Corumbá." A entidade observa que sobre a área existe uma ação demarcatória que se encontra sob judice no Supremo Tribunal Federal.
O advogado Carlos Fernando de Souza, representante de um grupo de produtores, calcula que cerca de 30 propriedades estão ameaçadas pela intenção de ampliar a reserva. O rebanho estimado na área pretendida para ampliação da reserva é de 20 mil cabeças de bovinos.

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