MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Índios recebem atendimento médico embaixo de árvore em aldeia de MS


Procurador entrou com ação judicial por considerar situação 'degradante'.
MPF/MS sugere que obras de posto de sáude comecem em 90 dias.

Do G1 MS com informações da TV Morena
Na aldeia Passo Piraju, a 25 quilômetros de Dourados, os índios estão recebendo atendimento médico em “consultórios” improvisados ao ar livre. Na área, que abriga 189 moradores das etnias terena e kaiwoá, não há unidade básica de saúde e todos os atendimentos são feitos à sombra de uma árvore sem privacidade, higiene e instalações adequadas.
O médico e a enfermeira se deslocam uma vez por semana até a aldeia. Outro grupo, que conta com nutricionista e dentista, passa pelo local a cada 15 dias. Fornecimento de remédios, medição de temperatura, aferição de pressão arterial e até extração de dentes são feitos embaixo da árvore e dentro do carro da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
“Não existe posto de saúde na aldeia ainda e por isso os atendimentos são complicados, muito primitivos. A possibilidade de contaminação é grande e, em nível de exames, não temos possibilidade nenhuma”, afirma o médico Maurício Baena Fernandez.
O Ministério Público Federal (MPF/MS) entrou com uma ação judicial pedindo a construção de um posto de saúde e a implantação de uma rede de energia elétrica na aldeia. A procuradoria sugere que as obras comecem em 90 dias.
O procurador da república Marco Antônio Delfino de Almeida explica que, antes de entrar com a ação judicial, tentou fazer um acordo com autoridades locais para a viabilização das obras. No entanto, o acordo não foi possível porque a área onde os índios já vivem há oito anos ainda não foi demarcada pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
O procurador afirma que a Constituição Federal assegura o direito à saúde e decretos determinam a construção de postos no interior das aldeias indígenas. “Não é cabível que a população indígena seja atendida desta forma que, ao nosso ver, é absolutamente degradante”, enfatizou Almeida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário