MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Indígenas querem o fim de problemas de educação e saúde no Amazonas


Lideranças percorrem órgãos públicos para pedir apoio.
Comissão da ALE acredita em possível entrave na aplicação de recursos.

Do G1 AM

Dez lideranças indígenas da etnia sateré-mawé, que residem na região do Marau, em Maués, a 258 quilômetros de Manaus, estão na capital fazendo uma peregrinação por vários órgãos federais e estaduais, reivindicando a resolução de problemas que enfrentam, em especial na área da saúde e educação. Nesta terça-feira (22), os indígenas estiveram na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE/AM), para pedir o apoio da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Assuntos Indígenas.
Um dos membros da comissão, o deputado estadual Sidney Leite (DEM), disse que vai entrar com uma ação no Ministério Público Federal (MPF), denunciando os problemas relatados. Segundo ele, o Governo Federal libera recursos financeiros para atender as demandas de mais de 120 mil índios no Amazonas, mas a ajuda estaria sofrendo entraves. “No caso da saúde, os sateré-mawé – são cerca de 5 mil na região do Marau – padecem com a centralização das decisões em Parintins, Manaus e Brasília. Falta estrutura nas casas de saúde, nos escritórios da Funai e na educação dos jovens e crianças”, afirma Leite.
O parlamentar disse, também, que a comissão vai reiterar o pedido de audiência com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e com a nova presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marta Azevedo.
Os indígenas, que integram a Organização das Lideranças Indígenas do Rio Marau, Miriti, Manjuru e Urupadi (Tumupe), estiveram na terça-feira (15) na coordenadoria regional da Funai, em Manaus, para pedir material de expediente e aumento no quadro de funcionários do escritório de Maués, onde apenas dois servidores atendem os cerca de 5 mil indígenas do município. “Mais de dois mil índios estão sem o Registro de Nascimento Indígena (RANI), por falta de material, como o livro de registros”, afirma Samuel Lopes, conselheiro da Funai em Maués. A Funai disponibilizou três livros de registros aos indígenas.
Na quarta-feira (16), as lideranças visitaram, ainda, a Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind). No local, foram feitas reivindicações de melhorias para a Casa de Saúde Indígena de Maués (Casai-Maués), descentralização das decisões do Distrito de Saúde Indígena de Parintins (Disei-Parintins), que é responsável pela região, e transporte para a remoção de pacientes para o hospital de Maués. Eles também pleiteiam melhorias na educação, como o aumento no número de professores, material didático e transporte escolar.
“Queremos levar uma resposta positiva ao nosso povo que está lá nas comunidades, que alguém possa olhar com atenção e carinho por nós”, ressalta Inácio Cristino da Silva, 49.

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