MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A BADERNA TOMA CONTA DO BRASIL

Sem-teto quebram porta da sede do GDF durante tentativa de invasão

Polícia usou spray de pimenta para conter os cerca de 300 manifestantes.
Grupo protesta contra despejo de moradores de área pública em Ceilândia.

Do G1 DF

Porta de vidro na entrada do Palácio do Buriti quebrada em tentativa de invasão de grupoo de sem-teto nesta quinta-feira (3) (Foto: Raquel Morais/G1)Porta de vidro na entrada do Palácio do Buriti
quebrada em tentativa de invasão de grupo de
sem-teto (Foto: Raquel Morais/G1)
Um grupo de manifestantes ligado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) tentou invadir na tarde desta quinta-feira (3) o Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. A polícia informou que um vidro foi quebrado pelo grupo. Para impedir a invasão, a polícia chegou a usar spray de pimenta. Os manifestantes fecharam o Eixo Monumental no sentido Rodoferroviária por alguns minutos no início da manifestação e voltaram a interromper o tráfego às 17h30.

Um dos coordenadores do MTST, Guilherme Simões, disse ao G1 que o protesto é contra a desocupação de um um assentamento na QNQ/QNR, em Ceilândia, onde vivem cerca de mil famílias, prevista para ocorrer nesta sexta ou sábado. Segundo ele, oito mil policiais participariam do despejo.
Simões disse que a área está sendo chamada de Novo Pinheirinho, uma referência ao terreno na cidade paulista de São José dos Campos que foi desocupado pela Polícia Militar do estado em janeiro. No local viviam 1,5 mil famílias.

Segundo a polícia, três ônibus pararam em frente ao prédio e os manifestantes seguriam para a entrada principal do edifício. Cerca de 300 manifestantes participaram da tentativa de invasão do prédio. Duas pessoas teriam saído do local feridas, uma delas servidora do GDF. Uma ambulância do Samu foi deslocada para o Buriti.
Integrantes do MTST ocupam desde abril uma área pública em frente ao setor de indústria de Ceilândia. Eles afirmam que vão permanecer no local até que o governo do Distrito Federal se comprometa a negociar com eles a entrega de lotes ou casas populares.
A Secretaria de Ordem Pública informou que a Terracap entrou com o pedido de reintegração de posse do terreno e que os assentados têm até domingo (6) para deixar a área.
Manifestantes ligado a movimento de sem-teto discutem com policiais na entrada do Palácio do Buriti na tarde desta quinta-feira (3) (Foto: Raquel Morais/G1)Manifestantes ligados a movimento de sem-teto discutem com policial na entrada do Palácio do Buriti na tarde desta quinta-feira (3) (Foto: Raquel Morais/G1)
Os assentados alegam que a invasão é resultado da falta de moradias populares. Até dezembro de 2014, o GDF prevê a construção de 100 mil casas e informou que há 340 mil pessoas na fila por residências. Os desabrigados são do DF, a maioria de Ceilândia, Cidade Estrutural, Planaltina e Brazlândia.
O vigilante Israel Almeida, de 41 anos, diz que foi viver no assentamento há 15 dias, com a mulher e o filho de um ano e oito meses. Antes, ele morava em Águas Lindas, no Entorno do DF, onde pagava R$ 300 de aluguel. “Não sobrava muita coisa, não", diz o vigia, que ganha cerca de R$ 800 por mês.
No assentamento, onde mora em uma barraca de lona, ele diz temer a ação da polícia. "O medo não é nem do despejo, mas de um confronto mesmo. A polícia é mais forte que a gente, né?"

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