MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Trabalhadores do MST cercam sede do governo estadual do Ceará


Manifestantes chegaram ao Palácio da Abolição por volta das 5h.
Reivindicam medidas contra a estiagem e pressa na reforma agrária.

Diana Vasconcelos Do G1 CE

Parte externa do Palácio da Abolição foi ocupada  (Foto: Marília Cordeiro / G1 CE)Parte externa do Palácio da Abolição foi ocupada
(Foto: Marília Cordeiro / G1 CE)
Centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam áreas externas do Palácio da Abolição, sede do governo do Ceará, em Fortaleza, reivindicando medidas para combater a estiagem no sertão cearense e celeridade nos assuntos relacionados a reforma agrária. Os manifestantes chegaram ao Palácio da Abolição por volta das 5h desta segunda-feira (16).
Segundo o MST, a mobilização do MST ocorre em todos os estados brasileiros com reivindicações locais e nacionais. A estiagem e o aniversário de 16 do Massacre de Carajás no dia 17 de abril, segundo o MST, são as principais causas da manifestação. Segundo eles, em algumas áreas do sertão cearense e do nordeste já é possível encontrar agricultores com dificuldades para encontrar comida para alimentar a família.
O grupo afirma que pode acampar em frente ao Palácio da Abolição. “Viemos prontos para acampar. Trouxemos até lonas para as barracas”, disse Antonio Pereira, representante do MST que pretende permanecer no local até que providências sejam tomadas contra a estiagem.
Entre outras reivindicações, estão a instalação de escolas nos acampamentos e apoio ao processo de reforma agrária. O G1 tentou realizar contato, por telefone, com a assessoria do Governo do Estado, mas as ligações não foram atendidas.
Massacre
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) promete realizar cerca de 20 ocupações de terra em todo o Estado neste mês, o Abril Vermelho, em memória de 21 sem-terra assassinados em Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996, que foi transformado em Dia Nacional de Luta pela reforma Agrária.
O movimento frisa que 16 anos depois do massacre que teve repercussão internacional ninguém foi preso, não foi realizada reforma agrária e os militantes e sem-terra ligados ao movimento continuam sendo alvo de violência. Para o MST, o primeiro ano do governo Dilma Rousseff foi o pior dos últimos 16 anos em termos de criação de assentamentos.

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