MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Porto em Rondônia escoa 15% de soja produzida em Mato Grosso


Estado envia pouco mais de três milhões de toneladas de soja.
Melhoramento de estadas que ligam-se ao porto ainda é desafio.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT
Porto em Rondônia escoa 15% de soja produzida em Mato Grosso (Foto: Leandro J. Nascimento)Porto em Rondônia beneficia principalmente Oeste
de Mato Grosso (Foto: Leandro J. Nascimento)
Pouco mais de três milhões de toneladas de soja que saem de Mato Grosso ganham como destino o mercado internacional por meio do porto instalado na capital do estado de Rondônia, em Porto Velho. O volume representa cerca de 15% da produção total da oleaginosa no estado, segundo explica José Rezende da Silva, coordenador da Comissão de Logística e Estratégias de Desenvolvimento da Associação dos Produtores de Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
A unidade é opção para escoamento da produção principalmente de municípios na faixa Oeste de Mato Grosso porque está mais próxima do estado vizinho. “Este porto é muito útil ao estado, também desafoga as rodovias do Sul do país e reduz a pressão de caminhões nas estradas”, frisou Rezende.
Nesta quarta-feira (3), representantes da Aprosoja Mato Grosso, ao lado de membros da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) e sindicatos rurais visitaram a unidade portuária no último dia do Estradeiro Aprosoja.
Somente uma das empresas que operam no Porto com transporte de grãos, a Hermagi, recebe em torno de dois milhões de toneladas de soja dos produtores mato-grossenses. “Este porto é também principal rota de escoamento para os produtos da zona franca de Manaus. Não somente importante para os grãos, mas para os demais itens”, analisou o coordenador da comissão.

A soja que chega ao porto ganha destino quando embarcada em barcaças que navegam no rio Madeira. De Porto Velho a Itaquatiara (Amazonas), são pelo menos três dias de viagem com a soja, explica Márcia Santos, supervisora administrativa da Hermasa. Somente em 2011, a empresa movimentou 2,5 milhões de toneladas de grãos. “Nossa capacidade diária para carregamento é de mil toneladas hora no porto”, destacou.

Rogério Romanini, diretor de Relações Institucionais do Sistema Famato Mato Grosso, diz que o porto é opção para escoamento da safra de grãos na unidade federada, especialmente para os agricultores que produzem na região da divisa com o estado de Rondônia. “O porto estimula a competitividade do produtor e desenvolve a [o modal] hidrovia. Este é um meio de transporte barato. Mas o calcanhar do produtor ainda é a logística”, frisou Romanini.

O desafio ainda é garantir condições de escoamento da safra até o Porto, a exemplo de boas estradas. Para chegar até a unidade portuária, motoristas precisam percorrer a BR-364. O alto número de buracos, especialmente na área de Rondônia, atrasa a viagem e onera custos com frete. “Os investimentos em logística poderiam ampliar em 30% nossa produção de grãos especialmente nas áreas não utilizadas. Hoje se produz, mas não tem como tirar a produção”, destacou Romanini.

Logística em focoEm 2012, entidades do setor produtivo elegeram como meta o tema logística, a exemplo da Aprosoja. O objetivo é mapear a real condição do escoamento de grãos em Mato Grosso até os portos brasileiros, passando por estradas.
A associação, ao lado da Famato e Sindicatos Rurais já percorreu nesta semana mais de 2 mil quilômetros entre Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO) para averiguar a malha viária.

O diagnóstico vai munir órgãos do Governo Federal como DNIT e Ministério dos Transportes na elaboração de políticas para o setor produtivo.

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