MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 5 de abril de 2012

PF vê indícios de que Cachoeira interceptou emails de deputado


Policial que trabalhava para bicheiro preso pela PF teria obtido mensagens.
'Vou reforçar requerimento de CPI', disse Fernando Francischini (PSDB-PR).

Do G1, com informações do Jornal Nacional

Investigação da Polícia Federal descobriu indícios de que a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira interceptou emails do deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR). Cachoeira foi preso pela PF em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, acusado de chefiar um esquema de jogo ilegal em Goiás.
Preso na mesma operação, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, é suspeito de trabalhar como um "espião" para a quadrilha a fim de conseguir informações sigilosas. Reportagem da edição desta quinta (5) do jornal “Folha de S.Paulo” informa que ele coordenou, segundo a PF, a montagem de um esquema de interceptação ilegal de emails.
De acordo com a Polícia Federal, Dadá tinha a missão de descobrir, por exemplo, o dia de uma operação para fechar casas de jogos ilegais. Mas, ao grampear Dadá, a polícia descobriu que ele também pode ter contratado um ex-policial para monitorar ilegalmente o email do deputado federal do PSDB.
Um relatório da PF mostra que, às 18h10 do dia 31 de janeiro deste ano, o policial aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto liga para Dadá e diz: "É a mesma quantidade de ontem. O negócio parece ser importante".
Na análise de inteligência da PF, “a mesma quantidade” se refere à quantidade de mensagens de correio eletrônico interceptadas ilegalmente.
Às 18h45, Dadá liga para Thomé e fala: "Já tô num lugar mais seguro aqui. Dá pra gente passar agora a parada?"
Oito minutos depois, a polícia registrou outra conversa. Thomé diz para Dadá pegar a outra mensagem de Francischini. E depois relata parte do texto: "mensagem de Francischini para o nosso amigo: eu gostaria de falar com aquele rapaz lá do meio ambiente...".
A vitima da quebra de sigilo seria o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que também é delegado da Polícia Federal. Ele reconhece a mensagem como dele mesmo. Diz que estava levantando informações sobre uma fazenda em Brasília, desocupada dias antes.
“Eu não tinha conhecimento. É um fato grave. Eu vou agora reforçar o requerimento de CPI do bicheiro Cachoeira para poder separar o joio do trigo, o político honesto do político bandido em Brasília”, afirrmou o deputado.

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