MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Peixes ornamentais são boa fonte de renda para criadores de MG


Com um investimento de R$ 10 mil, eles conseguem iniciar a produção.
A espécie beta é uma das mais vendidas.

Do Globo Rural

O criador Jardel Nascimento tem uma área de dois hectares utilizados para a criação de peixes ornamentais, em Barão do Monte Alto, na Zona da Mata mineira.
O ex-mecânico de motocicletas viu no peixe beta uma opção rentável para cuidar da família. São cerca de 120 tanques de cultivo, que produzem 500 peixes por semana. Cada unidade do macho é vendida por R$ 1, enquanto o preço das fêmeas não passa de R$ 0,20.
Os principais mercados são Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. O tamanho padrão do beta para comércio varia de oito a dez centímetros. Quanto mais aberta for a cauda, melhor é o peixe.
O meio ambiente é outra preocupação do criador. Ele usa garrafas pet para colocar cada um dos peixes. O litro é furado na parte de baixo e são feitos furos para a entrada da água. Tecnologia que dá resultado. “A gente compra essas garrafas pet e está utilizando elas na piscicultura para melhoramento. Elas ajudam o beta a não estragar a cauda e também ajudamos o meio ambiente”.
Segundo o extensionista agropecuário da Emater, Cristiano Silva, o município comercializa um milhão de peixes Beta por ano. Uma receita de R$ 750 mil reais. Os 30 produtores locais são da agricultura familiar. Com pouco espaço, dedicação e tecnologia, é possível transformar a atividade na principal fonte de renda. “Esses agricultores familiares, que trabalham com esposa e filhos, eles obtiveram nessa atividade uma condição melhor de vida. Eles investem e tem o retorno garantido”.
Outro município que despertou a vocação para os peixes ornamentais é Patrocínio do Muriaé, também na Zona da Mata de MG. Um levantamento da Emater apontou que são produzidos dois milhões de peixes Beta por ano. De acordo com o extensionista agropecuário, Maurílio Oliveira, o beta gosta de calor e de pouca água.
A adaptação ao clima da cidade foi essencial para o sucesso da atividade que reúne atualmente 80 produtores. Trocar a água nos tanques de 15 em 15 dias é um dos princípios para a produtividade. “A qualidade da água é fundamental para a vida desse peixe. Aqui a gente utiliza um sistema de, a cada 15, 20 dias, a gente faz um processo de limpeza do tanque e prepara-se a água, para produzir micro-organismos que vão servir de alimento para esse peixe”.
Ronaldo Vilela cria peixes Beta há nove anos e tem cerca de 200 tanques de cultivo. Gasta semanalmente um saco de ração que custa R$ 60. Cada unidade sai em média a R$ 1. Por semana, são vendidos de dois a três mil peixes para todo o Brasil, principalmente, São Paulo. “Dá para todo mundo ganhar um dinheirinho e manejar bem a propriedade”.
O ciclo de reprodução do beta é de quatro a cinco meses.

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