MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 17 de abril de 2012

MST promove série de protestos e fecha rodovias na Bahia


Foram bloqueados trechos das BRs 116, 101 e 242, confirma a PRF.
Ação ocorre para lembrar massacre do Eldorado dos Carajás há 16 anos.

Do G1 BA

O Movimento Sem Terra (MST) promove uma série de bloqueios em rodovias e ferrovias da Bahia na manhã desta terça-feira (17), de acordo com Marcos Almeida, dirigente regional do movimento na região oeste do estado. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirma pontos de protesto na BR-116, próximo à cidade de Feira de Santana, e na BR-110, próximo a Paulo Afonso, no norte do estado, além da BR-242, na região oeste.
A ação é nacional e lembra aos 16 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido no dia 17 de abril de 1996 no Pará, marco do Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, celebrado nesta terça-feira. Na ocasião, 21 trabalhadores sem-terra foram assassinados.

No trecho da BR-242, que liga as cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, o ato foi iniciado por volta das 8h e segundo a organização, deve durar cerca de duas horas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que o protesto gera congestionamento nos dois sentidos da pista, porém ainda não tem informações sobre a extensão do problema. Segundo o órgão, o trecho é uma das principais rotas do transporte de cargas do estado. Para bloquear as vias, os manifestantes usam pneus queimados e galhos de eucaliptos.
"Nós queremos a punição dos agressores do massacre em Eldorado dos Carajás, que até agora não aconteceu. Além da BR-242, estamos em dois pontos da BR-116, em três localidades da BR-101 e em duas ferrovias importantes do estado, uma que liga Brumado a Sapeaçu e a outra, perto de Juazeiro", afirma Marcos Almeida, do MST. O movimento pressiona ainda o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) para agilizar vistoria de terras improdutivas em todo estado.
SalvadorCerca de duas mil pessoas estão acampadas na sede do Incra, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, desde segunda-feira (16), no mesmo protesto. A pauta do grupo também aborda a atual estiagem baiana e, por isso, o protesto se estende ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), no CAB, onde os manifestantes também acampam.

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