MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 22 de abril de 2012

Governo taxa milho estocado em MT e decisão desagrada suinocultores


Governo taxou em 17% o ICMS de milho estocado há mais de um ano. Suinocultores falam em inviabilidade do setor.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Semente de milho Mato Grosso (Foto: Reprodução/TVCA)Milho estocado há mais de um ano foi foi taxado em
17%Mato Grosso (Foto: Reprodução/TVCA)
A decisão do Governo de Mato Grosso de taxar em 17% o ICMS do milho estocado há mais de um ano gerou uma nova 'queda de braços' entre setor produtivo e o Executivo estadual. A medida, que passou a vigorar em março, elevou os custos com a aquisição do insumo, atualmente um dos principais componentes da alimentação animal. O criador que antes desembolsava R$ 20 na saca de 60 kg agora precisa arcar com R$ 23, conforme a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso.
Paulo Lucion, presidente da Acrismat, diz que a medida está inviabilizando as atividades do setor no estado. "Hoje 70% do custo com suínos estão na alimentação. 80% são feitos com milho e soja e mostra o peso desses dois itens", citou o representante, em entrevista ao Agrodebate.
Somente em Mato Grosso a suinocultura gera 7,5 mil empregos diretos e mais de 50% da produção são feitos por produtores independentes. Lucion destaca que a taxação do imposto sobre o milho armazenado no estado ajudou a piorar a realidade do segmento. Suinocultuores dizem estar vivendo uma crise no setor provocada, principalmente, pela disparidade de preços entre o que se paga para produzir e o que é recebido com a venda do quilo do animal.
"O setor desvalorizou e os preços de produção subiram. Além do milho, o governo tirou nosso incentivo sobre a luz elétrica - 50% de isenção - e isso também provocou um custo maior. Não barganhamos privilégios, mas implorando mecanismos para solução dos problemas", considerou Paulo Lucion.
Em Mato Grosso, alguns criadores alimentam os suínos com o milho plantado nas proximidades das próprias granjas. Mas essa é considerada uma medida paleativa e não uma saída ao problema, comenta Jackson Luiz Dulnik, produtor em Sorriso, a 420 quilômetros de Sorriso.
Isso porque, em muitos casos, ainda é preciso recorrer aos estoques de milho disponíveis para garantir a alimentação do suíno. "Todos enfrentam o problema da mesma forma", apontou o produtor.
Outro lado
Carlos Milhomem, secretário de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso, diz que uma série de discussões estão sendo feitas no Executivo estadual para sanar os problemas da cadeia da suinocultura.

"Vamos nos reunir com o governador para tomar as providências. A alternativa seria baixar o ICMS, tanto para a aquisição do milho como para a energia. Trabalharemos neste sentido", citou.

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