Para dar lugar aos promovidos, coronéis dizem ter perdido cargo e batalhão.
Aumento expressivo das promoções na PM aconteceu entre 2008 e 2010.
Segundo o MP, duas testemunhas ouvidas nesta quarta-feira estão entre os “coronéis de corredor”. Eles alegam ter perdido os cargos para que outros assumissem. "A partir do momento que eu estou sendo afastado, a minha vaga fica disponível para que outro seja promovido em meu lugar", disse o coronel Israel Becker, um dos militares ouvidos.
Propina
Nesta manhã, o deputado estadual Junio Alves de Araújo, conhecido como Major Araújo (PRB), reafirmou ao promotor de Justiça Fernando Krebs as denúncias feitas ao Jornal Anhanguera. Segundo ele, Cachoeira teria influência na PM goiana e haveria cobrança de propina para a promoção de coronéis. "Eu recebi em meu gabinete oficiais que afirmaram ter pago até R$ 100 mil", diz Araújo.
De acordo com o MP, por lei Goiás deveria ter 28 coronéis. Atualmente conta com 32 homens na ativa, mas esse número já chegou a 38. Segundo as testemunhas, muitos oficiais não estão suportando a pressão e estão pedindo para aposentar. Por isso o número teria caído de 38 para 32.
Reserva
Além das promoções, o Ministério Público questionou o chamamento de policiais da reserva e a legalidade do exercício do cargo do comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, o coronel Edson Costa Araujo. "Ele é um policial da reserva. É uma anomalia que ele esteja hoje em atividade", disse o promotor Fernando Krebs.
Em resposta, o coronel Edson Costa Araujo informou que de acordo com o artigo sexto do estatuto dos Policiais Militares, os policiais da reserva poderão ser convocados para o serviço ativo, por ato do governador do estado.
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