Dois medicamentos essenciais estão em falta para distribuição gratuita.
MP-BA recomendou planejamento e formação de estoque à Sesab.
Dois medicamentos estão em falta na farmácia do Ana Nery: o Renagel, indicado para combater coceira, câimbras e intoxicação, comuns em pacientes renais, e que possui alto custo nas farmácias convencionados, em média R$ 900; e o Calcijex, usado para diminuir a dor. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) emitiu uma recomendação orientando a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) a planejar as contas com antecedência. O documento sugere ainda a criação de um estoque de segurança.
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Há 11 anos submetido ao tratamento de hemodiálise, o aposentado Daniel Reis, que tinha agendado a data para pegar o medicamento com antecedência, também não pôde levá-lo para casa. Ele tentou substituir o remédio por outro com o mesmo efeito, mas foi impedido pela audência da especificação na receita média. "Todo mês é isso. Vou voltar para casa sem nenhum dos dois medicamentos. Me sinto humilhado por isso. É mais difícil ainda, isso é um constrangimento para os pacientes renais", relata.De acordo com a Associação dos Renais e Transplantados da Bahia, há registro de falta de remédio na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. "Vai começar de novo a faltar em todos os lugares medicamento para o paciente transplantado? A lei diz que a secretaria ou o gestor responsável tem que pedir [o remédio] com três meses de antecedência para que o Ministério se organize e mande", questiona Márcia Chaves, representante da associação.
A Sesab informa que os medicamentos em falta já foram distribuídos para o hospital Ana Nery. No momento, o único medicamento que está em falta é o calcitriol injetável, que, de acordo com a Sesab, chega na quarta feira.
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