Mãe de menina de 8 anos diz que operação foi adiada por falta de materiais.
Estado nega que haja falta materiais no Hospital de Urgências de Goiânia.
G1 GO
Segundo a mãe da criança, a cabeleireira Cândida Pereira da Silva, os médicos falaram que iriam operá-la na terça-feira (3), mas depois teriam alegado que faltam medicamentos e material cirúrgico.
“A perninha dela está inchando. Medicação eles pediram para a gente comprar, porque aqui só tem dipirona, que é a única coisa que eu vejo colocarem nela. Não tem nada: papel higiênico, lençol. Não falam nada. Só falam isso: que tem que esperar chegar material”, denuncia a cabeleireira.
Na ala da pediatria outras crianças sofrem com a falta de estrutura. Um bebê de seis meses veio do interior do estado com a mãe para tratar uma ferida na mão, mas segundo a doméstica Regina Célia Rodrigues, que está com a filha na mesma enfermaria, a infecção da criança está se agravando. “Do dedinho está passando para a mãozinha dele. Eles não resolvem nada e a mãe está desesperada”, diz Regina.
O filho de Luzia Lima de Oliveira também esta internado no Hugo. Ela conta que já comprou pasta e escova de dente, xampu e fraldas, porque o hospital não tem para oferecer. “Isso é uma vergonha. Onde é que está o meu imposto. Eu não estou pedindo nada a ninguém. É um direito que eu tenho, não?”, revolta-se.
A Secretaria de Saúde do Estado negou a falta de materiais para cirurgias de urgência. Disse que estão faltando alguns produtos para cirurgias eletivas, aquelas que podem esperar algum tempo. Itens como papel toalha e enxoval estão sendo repostos de imediato. Para segunda-feira (9) está prevista a chegada de medicamentos.
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