MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Advogado de Demóstenes quer anulação de inquérito


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
Brasília - O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou nesta terça à Agência Estado que pretende entrar na segunda-feira, dia 9, com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a anulação de todas as investigações feitas contra seu cliente. Para Kakay, como o advogado é conhecido, houve uma "burla" ao foro privilegiado quando a Justiça Federal de primeira instância não encaminhou ao Supremo os supostos indícios de envolvimento de Demóstenes com o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

"Estou muito impressionado. Nunca vi nada evidente. É uma coisa escandalosa. Havia uma investigação clara e precisa contra o senador e deputados numa tentativa escancarada de se burlar o foro por prerrogativa de função", afirmou.

O advogado disse que deve entrar com uma reclamação, recurso jurídico quando há usurpação de competência de um tribunal, para invalidar as investigações feitas durante três anos contra Demóstenes. Ele vai preparar o recurso no feriado para tentar apresentá-lo, se possível, na segunda-feira que vem.

Kakay afirmou que, assim que foi deflagrada a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira, começou um vazamento "calculado" e "doloso" de informações contra seu cliente de forma a, segundo ele, pressionar o Poder Judiciário. Na opinião dele, a intenção dos investigadores seria impedir que o Supremo anulasse futuramente as apurações contra o parlamentar, diante dos supostos indícios colhidos nas escutas telefônicas liberadas pela Justiça de primeiro grau.

"Assim fica mais difícil do Supremo conceder a nulidade. Mas a nulidade é total", afirmou o advogado, que chamou de "piada" a alegação de que teria havido apenas "encontro fortuito" com um detentor de foro privilegiado ao longo das investigações.

O advogado deve reforçar a argumentação do recurso com o fato de, em 2009, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não ter encontrado indícios para pedir a abertura de inquérito contra Demóstenes. Ele só foi ao Supremo depois que apareceram os grampos. "Se não tinha indício antes, por que teria agora?", questionou Kakay.

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