Especialistas afirmam que a família pode ajudar na recuperação.
Em Curitiba, dependentes recebem auxílio sem necessidade de internação.
Em Curitiba, muitos usuários têm recebido atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da prefeitura. Há seis unidades espalhadas pela cidade. Nelas, os dependentes recebem o auxílio de uma equipe que conta com médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos e terapeutas, entre outros profissionais.
Nesta proposta de tratamento, não existe internação. "Eles conversam bastante com a gente. Deixam a gente bem à vontade para falar e questionar a respeito da droga", conta Tatiana Braga, paciente de uma das unidades do CAPS.
O crack, pela sua fórmula, pode viciar já na primeira vez que alguém experimenta a droga. "Ela atinge muito rápido o cérebro, em questão de segundos. A duração do efeito vai ser muito breve. O que faz com que ele [usuário] queira de novo", diz o psiquiatra Carlos Chollet.
Em muitos casos, há recaídas, que são quase inevitáveis. Para se manter no tratamento, a ajuda da família é primordial. "Eles ajudando a nossa auto-estima aumenta", conta um usuário que preferiu não se identificar.
Para João Marcelo, que já foi paciente de uma dessas clínicas e atualmente trabalha como monitor, ajudando pacientes a se livrar do vício, não é fácil se livrar do crack. "Difícil, para todo mundo é. Faz cinco anos que eu estou na abstinência, lutando. E cada vez que eu saio do portão [da clínica] e vou para casa, é um leão que a gente tem que matar na rua", conta
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