MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 7 de março de 2012

Volta da chuva contribui para a recuperação do pasto no CE


Produção de leite é a fonte de renda de do município de Caucaia.
Período de estiagem provocou queda nos lucros dos produtores.

Do Globo Rural

A volta da chuva começa a mudar a paisagem no norte do Ceará. Aos poucos, os pastos estão se recuperando e os animais já tem o que comer.
A produção de leite é a fonte de renda da comunidade Salgadinho, no município de Caucaia, no Ceará. Mas o período de estiagem provocou queda nos lucros.
As 11 vacas do criador Samuel Lima garantem uma produção diária de 220 litros de leite. Ele diz que para manter a média precisa reforçar a alimentação aumentando a quantidade de ração, que é feita com milho, soja e mandioca. “No período chuvoso a gente espera diminuir o custo de cada litro de leite porque tem a pastagem nativa”, explica.
Apesar de todo verde não é possível dizer que o pasto já está bom para o gado. Isso só acontecerá quando a pastagem estiver com cerca de 20 centímetros de altura. A boa notícia é o surgimento da catingueira, a primeira planta que cresce quando começam as chuvas.
Os volumes de chuva na região ainda estão abaixo do esperado para melhorar os pastos que começam a se recuperar. Os produtores da comunidade criam 40 vacas que produzem 590 litros de leite por dia. A produção vai para o tanque de resfriamento mantido pela comunidade. Depois, é ensacada no laticínio e vendida para o programa Leite Fome Zero por R$ 0,70 o litro.
O criador Joaquim Lima diz que o faturamento garante o sustento de oito famílias do assentamento. Por isso, o produtor torce para que o volume de chuva aumente e ajude a recuperar rapidamente a pastagem.
“A quadra chuvosa do estado é caracterizada pelos meses de fevereiro, março, abril e maio. No mês de fevereiro tivemos chuva abaixo da média. Com a chegada da chuva há o incremento da pastagem nativa na dieta dos animais aumentando consideravelmente o volume de leite no estado. Atualmente, os laticínios estão trabalhando em torno de 73% da sua capacidade real de instalação”, explica o agrônomo Eduardo Barroso, secretário de Desenvolvimento Agrário do Ceará.
“Com o pasto irrigado nós economizamos porque não precisamos aguar, o volumoso fica mais favorável e os insumos baixam um pouco no período do inverno, o que causa diminuição no custo de produção”, calcula o criador Francisco Gurjão.

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