Verba de multas ambientais é usada em produtos para bombeiros de MT

Com o dinheiro foram comprados 35 câmeras e 22 aparelhos de GPS.
Equipamento será distribuido entre as sete regionais dos bombeiros.

Do G1 MT

Bombeiros receberam equipamentos nesta
quarta-feira (Foto: Divulgação / Juvam)

O dinheiro recebido de pessoas que foram multadas por cometer algum tipo de crime ambiental foi usado na compra de novos materiais de trabalho para o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso. Os equipamentos de GPS e as câmeras fotográficas adquiridas devem ser distribuídos entre as sete regionais dos bombeiros no estado.
Com os R$ 46 mil arrecadados com as multas, foram compradas 35 câmeras fotográficas, 35 capas de proteção e 22 aparelhos de GPS. Os produtos comprados com a iniciativa do Ministério Público Estadual foram entregues na tarde desta quarta-feira (14) no Juizado Volante Ambiental (Juvam).
Conforme a promotora de justiça Ana Luiza Peterlini, o Corpo de Bombeiros recebeu a maioria dos produtos e o restante foi distribuído entre o Ministério Público, Juvam e Polícia Militar. Ela explicou ainda que as penas alternativas só são aplicadas em casos de crimes de menor potencial ofensivo. “O Ministério Público propõe a pena pecuniária e a Justiça homologa. O valor vai para a Conta Única e, posteriormente, é liberado por meio de alvará”, detalhou.
O coronel Décio Santos da Silva, comandante do Corpo de Bombeiros destacou que as câmeras serão distribuídas para as sete regionais dos Bombeiros em Mato Grosso. “As equipes que estão em campo terão maior facilidade para localizar o ponto exato onde ocorre a queimada. Os oficiais terão ainda a possibilidade de atuar com maior eficácia no combate a crimes desta natureza”, pontuou.
O conciliador Alexandre Corbelino afirmou ao G1 que o montante arrecadado com as multas vieram de pessoas que cometeram crimes ambientais como o transporte ou comércio de madeira ilegal. “A maioria cometeu queimada urbana pois temos muitos terrenos em que falta zelo dos donos e as vezes o próprio vizinho ateia fogo na época da seca”, explicou Corbelino, que completou dizendo que uma minoria desta parcela foi multada por maltratar animais.