MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 8 de março de 2012

Um em cada 5 profissionais já ficou doente por trabalhar demais, diz Ipea


Pesquisa analisou percepção dos trabalhadores sobre o emprego.
Cerca de 45,6% não se desliga totalmente das atividades durante a folga.

Do G1, em São Paulo

Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta quarta-feira (7), pelo menos um em cada 5 profissionais, ou 17,3%, já sofreu algum tipo de doença ou acidente por causa do excesso de trabalho. Entre os trabalhadores subordinados formais, o índice chegou a 17,7%. A pesquisa "A percepção dos trabalhadores sobre intensidade e exigências no ambiente de trabalho" traz informações sobre a relação da intensidade do trabalho e o tempo livre entre a população economicamente ativa do país.
Ainda segundo o estudo, 45,6% dos entrevistados não conseguem se desligar totalmente do trabalho durante o período de folga. Desse índice, 26% afirmaram que ficam de prontidão, pois podem ser acionados para alguma atividade.
A pesquisa foi feita em outubro de 2011 e ouviu 3.709 pessoas em todo o país, sendo 52,4% homens e 47,6% mulheres. Segundo o documento, 34,11% dos entrevistados são trabalhadores autônomos, 45,97% subordinados formais e 19,92% subordinados informais. Os setores captados ficaram divididos da seguinte forma: serviços (45,27%), comércio (30,82%), indústria (8,17%), construção civil (6,9%), administração pública (6,9%) e agricultura e pecuária (2,03%).
O objetivo do levantamento é detectar a percepção sobre a intensidade do trabalho e tempo livre entre a população economicamente ativa no país no momento em que o mercado mostra dinamismo, com queda na taxa de desemprego e aumento da formação da mão de obra.
O relatório foi dividido em quatro áreas: relação com a atividade exercida, jornada de trabalho, exigências de capacidade e cobranças e intensidade do trabalho.
Do total dos entrevistados, 41% afirmaram que exercem uma atividade que escolheram por interesse profissionais, 26% dependem da ocupação para sobreviver, 18,4% consideram a atividade transitória até conseguir algo melhor, 5,9% atuam para manter o negócio da família, 4,7% por engajamento político e 3,1% para ocupar o tempo livre.
JornadaA maioria dos entrevistados, 58,5%, afirmou que exerce horário fixo, 30,5% tem horário flexível determinado pelo empregador e 11% tem horário flexível definido pelo empregador. O percentual de trabalhadores com horário fixo chegou a 83,3% entre os subordinados formais.
Sobre o horário de almoço, 40,5% disseram que utilizam o período para descansar ou cochilar, 27% apenas almoçam e voltam para o trabalho, 12,1% resolvem questões pessoais, 11,6% não tem previsão de horário para almoçar, 4,2% nunca tem tempo para almoçar, 2,3% estudam ou leem e 1,5% fazem alguma atividade recreativa.
Mais de 95% afirmaram que possuem liberdade para ir ao banheiro, tomar água, tomar café ou lanche. Além disso, 72,4% afimaram poder sair para resolver algum problema pessoal no horário de trabalho, 83,1% disseram que podem conversar sobre assuntos gerais com algum colega de trabalho e 69,6% confirmaram que podem parar para descansar após alguma atividade. Entre os trabalhadores formais, os índices foram menores e ficaram, respectivamente, em 60,3%, 78% e 59,6%.
ExigênciasSobre a necessidade de exercer várias funções diferentes, 44,1% dos entrevistados disseram que há uma alta exigência quanto a essa capacidade, 34,9% afirmaram que o grau de exigência é baixo e para 18,6% a cobrança é média.
De acordo com a pesquisa, 46,8% dos trabalhadores informaram que existe alta exigência para a capacidade de trabalho em grupo.
Outra questão abordada foi a realização de tarefas com grande velocidade e 47,2% dos profissionais confirmaram que existe alta exigência, 21,8% informaram média exigência e 28,7% baixa exigência.
A facilidade de comunicação, escrita e oral, também foi apontada com um dos pontos importante. O grau de alta exigência chegou a 58,8%.
O último ponto questionado foi a capacidade de atender bem clientes ou fornecedores. O percentual de alta exgiência foi de 69,2%.
Intensidade e cobrançaEntre os entrevistados, 41,6% perceberam que realizavam atividades que antes eram exercidas por mais de uma pessoa. Já sobre a cobrança no ambiente do trabalho, 56,5% afirmaram que a exigência é tranquila, pois há liberdade para exercar as tarefas que são cobradas.
Acidentes ou problemas de saúde devido ao excesso de trabalho foram relatados por 17,3% dos entrevistados, ou cerca de 1 em cada 5 confirmou que já sofre alguma consequência negativa por causa do ritmo das atividades.
Mesmo com o aumento do uso da tecnologia no ambiente de trabalho, 53% informaram que não utilizam equipamentos de comunicação e informática em suas atividades.
O percentual de profissionais que não consegue se desligar totalmente do trabalho durante o período de folga chegou a 45,6%. Desse índice, 26% afirmaram que ficam de prontidão, pois podem ser acionados par alguma atividade, 7,9% planejam ou desenvolvem atividades referentes ao trabalho via celular ou computador, 7,2% procuram aprender coisas sobre o trabalho e 4,2% exercem outra atividade remunerada.

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