Mato Grosso é o segundo em casos da ferrugem asiática.
Safra em 2011/12 deve superar 20 milhões de toneladas.
Carlos Fávaro destaca que o produtor vinha de anos tranquilos em relação à ferrugem asiática. "Foi talvez um relaxamento natural do produtor. Foram anos muito tranquilos de controle da ferrugem aisática e aí depois o clima este ano foi muito propício. Talvez o produtor estava mais relaxado quanto a suas aplicações, talvez esticando um pouco a carência", declarou o dirigente da Aprosoja.
Mato Grosso, que ainda no início deste ano concentrava a maior incidência de ferrugem nas lavouras, foi ultrapassado por Goiás, com 108. No entendimento do presidente da Aprosoja de Mato Grosso, Carlos Fávaro, o volume de chuvas do mês de janeiro também estimulou a disseminação da doença nas lavouras do estado.
"Choveu muito no mês de janeiro e aí depois que a ferrugem se instala certamente não há produto que dê conta. O trabalho tem que ser feito preventivamente", ponderou o dirigente.
Maior produtor brasileiro de soja, Mato Grosso deve colher nesta safra 2011/12 mais de 22 milhões de toneladas da oleaginosa segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume representa um incremento de 8% e 5,9%, respectivamente, na avaliação de ambos os representantes do governo.
A área destinada à cultura este ano também aumentou. Para a Conab, Mato Grosso registrou o maior incremento: ampliou em 531 mil hectares o tamanho da safra. Passou de 6,4 milhões de hectares para 6,93 milhões de hectares.
Produtividade
Os problemas associados à ferrugem e ao clima contribuíram para baixar a produtividade da soja nas lavouras mato-grossenses. Embora o percentual de baixa varie de instituição para instituição, somente o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) calcula uma baixa de 3,3% no volume de sacas colhidas por cada hectare na comparação com o ciclo 2010/11.
Em sua estimativa de safra divulgada nesta semana, o Imea aponta uma produtividade média de 3.174 quilos por hectare. Um ano antes, o número chegou a 3.208 kg/ha em Mato Grosso.
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