Em apenas sete meses, novilhos já atingem peso ideal para o abate.
Carne é diferenciada e bem recebida no varejo, diz açougueiro.
Os novilhos que crescem no sistema de confinamento estão prontos para o abate em apenas sete meses. No modelo tradicional, cada boi leva dois anos até atingir o peso ideal para o abate.
De acordo com André Cozer, um dos criadores que investiram no modelo, o gado confinado recebe uma alimentação diferenciada, a base de milho. “O alimento é 80% de grão de milho inteiro e 20% de uma ração. Essa ração basicamente é proteica, com alguns aditivos, microminerais e vitaminas”, diz.
Para o veterinário Felipe Brondani, o sistema aumenta o lucro dos produtores. Os filhotes que seriam rejeitados são comprados por cerca de R$ 300 e vendidos por mais de R$ 1 mil. Cozer diz que atualmente já é difícil encontrar os bezerros para a compra, já que alguns produtores de leite também resolveram investir na idéia. “Já tem dificuldade, paga-se mais caro”, conta.
Ardir Gubert, que cria gado leiteiro, resolveu utilizar o sistema de confinamento na propriedade dele. “Dá uns R$ 150, R$ 200, por animal. Se você fizer uma conta de 30 animais, no fim do ano, você tem lá uns R$ 3 mil R$ 4 mil”, avalia.
A carne dos novilhos confinados tem boa receptividade no varejo. Jadilmo Trevisol, dono de um açougue de Medianeira, conta que das quatro toneladas de carne que vende por mês, apenas 500 kg não são provenientes do gado diferenciado. “A carne é diferente. Tem uma coloração mais branca e é macia, tanto o dianteiro quanto o traseiro”, diz.
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