Preço médio da saca de 60 quilos está R$ 7 maior do que em dezembro.
Prejuízo dos agricultores se reflete em outros setores da economia.
Uma revenda de caminhonetes que participou de uma feira de agropecuária no início do mês registrou uma redução de 30% a 40% nos negócios. A perda que poderia ser superior se não fossem as promoções. “A gente teve uma condição especial para o agricultor, na qual ele tem um desconto maior do que é praticado dentro da empresa”, conta Cristiano Vassoler, gerente de concessionária.
Na Região Noroeste, a mais prejudicada pela estaigem, as perdas com a soja chegam a 70%, conforme a Emater. O prejuízo faz com que os agricultores reduzam os investimentos. E os setores que dependem do lucro do campo acabam sendo afetados.
Em uma concessionária de máquinas e implementos agrícolas de Santa Rosa, as vendas estão abaixo da média desde janeiro. A comercialização de colheitadeiras foi a que mais caiu, em torno de 50%. “Ouve alguma retração, algumas desistências. Não houve queda nos pedidos de tratores e implementos agrícolas, mas colheitadeiras, sim, houve algumas desistências", relata o empresário Sergio Carpenedo.
Com a produção menor, não há soja suficiente para atender o mercado. E o preço médio da saca de 60 quilos está R$ 7 maior do que em dezembro, segundo o economista Argemiro Brum, da Universidade Regional de Ijuí (Unijuí). Apesar disso, R$ 3,5 billhões devem deixar de circular no estado. “Os R$ 7 que se ganha por saco, na média, não compensa, infelizmente, a quantidade de perdas que o estado está tendo e os produtores estão tendo”, afirma
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