MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 26 de março de 2012

Nissan quer acelerar obras de fábrica no RJ após novo acordo com México


Em entrevista à Bloomberg, Carlos Ghosn diz que mudanças prejudicam.
Nova planta será em Resende e receberá R$ 2,6 bilhões.

Do G1, em São Paulo

A decisão do governo brasileiro para limitar as exportações do México para o Brasil começa a surtir efeito. Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, o presidente da Nissan e CEO do grupo Renault Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, afirmou que a companhia deve acelerar a construção da fábrica no Rio de Janeiro. Segundo ele, as restrições do acordo automobilístico entre Brasil e México vão prejudicar as operações da montadora.
"Essa limitação das exportações do México para o Brasil faz a nossa fábrica brasileira ainda mais necessário", disse Ghosn à Bloomberg. Pela nova regra, os dois países vão restringir as vendas a cotas que não ultrapassam US$ 1,6 bilhão durante 3 anos.
Carlos Ghosn, presidente da Nissan, visitou nesta segunda fábrica da montadora no Japão (Foto: Ken SHIMIZU/AFP)Carlos Ghosn, presidente da Nissan, visitou nesta segunda fábrica da montadora no Japão (Foto: Ken SHIMIZU/AFP)
A nova fábrica da montadora, em Resende, no Rio de Janeiro, terá investimento de R$ 2,6 bilhões e produzirá 200 mil carros por ano. O empreendimento vai gerar 2 mil empregos diretos e indiretos. Inicialmente, a previsão é que a fábrica entraria em operação na primeira metade de 2014.
No RJ será fabricado o novo compacto March, que atualmente vem do México, e, possivelmente, o sedã Versa, também importado. Ambos são da nova Plataforma V. A produção da picape Frontier e da linha Livina continuará sendo feita no Paraná, junto às instalações da Renault, em São José dos Pinhais.
Ghosn disse durante o anúncio do investimento no ano passado que a fábrica será uma das mais modernas da marca e pretende atender ao mercado brasileiro e latino-americano em suas necessidades e especificações. O plano da Nissan é alavancar a participação no mercado brasileiro, que hoje é de 1,7%, para 5% até 2016.
Os investimentos no Brasil são parte da estratégia de crescimento mundial da montadora que tem fábricas na Índia, na Rússia e na China.
A Nissan pretende lançar 10 novos produtos no país até 2016 e, segundo Ghosn, ser a primeira em vendas entre marcas asiáticas. Atualmente, esse lugar pertence a Honda, com cerca de 3,5% de participação no acumulado do ano, em automóveis.
Um ano de terremoto
Carlos Ghosn falou com a imprensa nesta segunda-feira (26) durante visita à fábrica da Nissan em Iwaki, no Japão. Localizada na região de Fukushima, a unidade fabril foi fortemente atingida pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o país em março do ano passado. Ghosn fez discurso encorajador aos trabalhadores, devido às consequencias do desastre que o Japão sofre até hoje.

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