Segundo MPT, houve reserva de vagas no processo.
Governo da Paraíba disse que já segue recomendação do MPT.
Os problemas identificados no processo de seleção para contratação de funcionários para a construção de uma fábrica de automóveis da Fiat em Goiana, Pernambuco, realizada na cidade de Caaporã, na Paraíba, serão apurados pelo Ministério Público do Trabalho em Brasília. Segundo a Procuradoria do Trabalho da Paraíba, houve prática discriminatória na seleção dos trabalhadores.
Na semana passada, o procurador paraibano Paulo Germano pediu o cancelamento da seleção afirmando que não houve divulgação suficiente para oferecer a mesma oportunidade de inscrição aos moradores de outros municípios. Segundo ele, a reserva de mercado de trabalho com base no comprovante de residência dos candidatos é ilegal. A seleção foi remarcada para o próximo dia 24.
A assessoria de imprensa da Fiat informou que não está realizando seleções e que são os governos de Pernambuco e Paraíba que estão capacitando os possíveis funcionários. As assessorias dos governos garantiram que não usaram comprovantes de residência como critério de seleção.
Para o procurador Flávio Gondim, vice-coordenador nacional da Coordigualdade, a seleção teria que ser aberta para profissionais de todo país por causa do elevado número de postos de trabalho gerados pelo empreendimento, bem como a variedade de funções disponíveis e os atrativos salários ofertados. “Sob esse enfoque, é possível afirmar que a 'reserva de mercado' afeta, ao menos potencialmente, um contingente indeterminável de cidadãos brasileiros, de todas os estados do Brasil”, disse o procurador.
Quando houve a suspensão da seleção, a gerente executiva Emprego, Trabalho e Renda do Sine, Deise Raquel Bezerra Farias, disse que a seleção antes era aberta apenas para moradores de Alhandra, Pitimbu, Caaporã e Pedras de Fogo. O pedido teria sido feito por responsáveis pelas obras da fábrica, mas por recomendação do MPT o critério foi eliminado.
Ainda segundo ela, a derrubada do pré-requisito aconteceu um dia antes da visita a Caaporã para a seleção e por isso não houve tempo de convidar moradores de outros municípios para a participação. As pré-seleções de Pitimbu e Alhandra aconteceram na sexta-feira (16) e no sábado (17). Moradores de outros municípios poderão participar.
No total, a Fiat deve contratar sete mil pessoas para a construção da fábrica em Goiana, sendo 804 vagas destinadas à Paraíba. Após a primeira etapa, serão oferecidos cursos de capacitação nas oito funções solicitadas pela empresa: ajudante, armador, carpinteiro, motorista de veículos pesados, motoristas de veículos leves, pedreiro, pintor e servente.
Contraponto
Procurada pelo G1, a assessoria de comunicação da Fiat disse que a empresa não está selecionando funcionário ainda. Segundo a Fiat, o que está acontecendo é um processo de capacitação feito pelos governos de Pernambuco e da Paraíba nas cidades localizadas no entorno da futura fábrica. Ainda de acordo com a assessoria, a Fiat não tem nada a declarar sobre o caso e apenas soube da polêmica através das notícias veiculadas na imprensa.
A assessoria da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo do Estado de Pernambuco informou que a capacitação dos trabalhadores já está sendo feita em 13 municípios através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A assessora informou que, no ato do cadastro, foi pedido que os candidatos levassem um comprovante de residência, mas o documento não serviu de critério de seleção uma vez que alguns moradores da região não possuem o comprovante. A secretaria ainda explicou que essa capacitação não está sendo feita exclusivamente para a Fiat, mas sim para o Polo Automotivo de Goiana como um todo.
A Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), por sua vez, informou que a pré-seleção de candidatos ao trabalho que serão capacitados está sendo realizado através do Site Nacional de Empregos (Sine) e está atendendo às recomendações do MPT. De acordo com a assessoria, não há reserva com base no comprovante de residência no processo que termina neste sábado (24) em Caaporã.
Na semana passada, o procurador paraibano Paulo Germano pediu o cancelamento da seleção afirmando que não houve divulgação suficiente para oferecer a mesma oportunidade de inscrição aos moradores de outros municípios. Segundo ele, a reserva de mercado de trabalho com base no comprovante de residência dos candidatos é ilegal. A seleção foi remarcada para o próximo dia 24.
A assessoria de imprensa da Fiat informou que não está realizando seleções e que são os governos de Pernambuco e Paraíba que estão capacitando os possíveis funcionários. As assessorias dos governos garantiram que não usaram comprovantes de residência como critério de seleção.
Para o procurador Flávio Gondim, vice-coordenador nacional da Coordigualdade, a seleção teria que ser aberta para profissionais de todo país por causa do elevado número de postos de trabalho gerados pelo empreendimento, bem como a variedade de funções disponíveis e os atrativos salários ofertados. “Sob esse enfoque, é possível afirmar que a 'reserva de mercado' afeta, ao menos potencialmente, um contingente indeterminável de cidadãos brasileiros, de todas os estados do Brasil”, disse o procurador.
Quando houve a suspensão da seleção, a gerente executiva Emprego, Trabalho e Renda do Sine, Deise Raquel Bezerra Farias, disse que a seleção antes era aberta apenas para moradores de Alhandra, Pitimbu, Caaporã e Pedras de Fogo. O pedido teria sido feito por responsáveis pelas obras da fábrica, mas por recomendação do MPT o critério foi eliminado.
Ainda segundo ela, a derrubada do pré-requisito aconteceu um dia antes da visita a Caaporã para a seleção e por isso não houve tempo de convidar moradores de outros municípios para a participação. As pré-seleções de Pitimbu e Alhandra aconteceram na sexta-feira (16) e no sábado (17). Moradores de outros municípios poderão participar.
No total, a Fiat deve contratar sete mil pessoas para a construção da fábrica em Goiana, sendo 804 vagas destinadas à Paraíba. Após a primeira etapa, serão oferecidos cursos de capacitação nas oito funções solicitadas pela empresa: ajudante, armador, carpinteiro, motorista de veículos pesados, motoristas de veículos leves, pedreiro, pintor e servente.
Contraponto
Procurada pelo G1, a assessoria de comunicação da Fiat disse que a empresa não está selecionando funcionário ainda. Segundo a Fiat, o que está acontecendo é um processo de capacitação feito pelos governos de Pernambuco e da Paraíba nas cidades localizadas no entorno da futura fábrica. Ainda de acordo com a assessoria, a Fiat não tem nada a declarar sobre o caso e apenas soube da polêmica através das notícias veiculadas na imprensa.
A assessoria da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo do Estado de Pernambuco informou que a capacitação dos trabalhadores já está sendo feita em 13 municípios através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A assessora informou que, no ato do cadastro, foi pedido que os candidatos levassem um comprovante de residência, mas o documento não serviu de critério de seleção uma vez que alguns moradores da região não possuem o comprovante. A secretaria ainda explicou que essa capacitação não está sendo feita exclusivamente para a Fiat, mas sim para o Polo Automotivo de Goiana como um todo.
A Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), por sua vez, informou que a pré-seleção de candidatos ao trabalho que serão capacitados está sendo realizado através do Site Nacional de Empregos (Sine) e está atendendo às recomendações do MPT. De acordo com a assessoria, não há reserva com base no comprovante de residência no processo que termina neste sábado (24) em Caaporã.
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