MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 13 de março de 2012

Mais da metade das ambulâncias do Samu de Salvador está sem funcionar


Segundo sindicato, tempo de atendimento demora mais do dobro previsto.
Coordenação diz que também que faltam médicos para trabalhar.

Do G1 BA, com informações da TV BA
Enquanto a população espera por atendimento de urgência, mais da metade das 42 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador, está parada. Alguns carros estão sem pneus, com portas quebradas, sucateados. Outros estão em total condição de uso, mas aparentemente abandonados. O resultado é que nas ruas, o atendimento à população, segundo o sindicato, está demorando mais do que o dobro previsto.
A oficina na Ladeira da Fonte faz serviços de mecânica e chaparia. No pátio estão paradas 22 ambulâncias do Samu. Olhando do lado de fora dá para perceber que algumas estão sem pneus, só com fechaduras nas portas, outras aparentemente estão em bom estado.
Do total de ambulâncias da capital baiana, 33 são para suporte básico e nove para as unidades de suporte avançado para casos mais graves.
O Samu é coordenado pelo Ministério da Saúde e administrado pelas prefeituras. Metade dos recursos são da União, os outros 50% são pagos pela prefeitura e governo do estado. Além de comprar os veículos, o Ministério da Saúde também envia todo mês dinheiro para manter as ambulâncias. São R$ 12.500 para as ambulâncias de suporte básico e R$ 27.500 para as ambulâncias de suporte avançado.
Problemas Samu em Salvador (Foto: Reprodução/ TVBA)Diversas ambulâncias ficam paradas em Salvador
(Foto: Reprodução/ TVBA)
Um enfermeiro, que é presidente do sindicato dos funcionários do Samu, revela números ainda mais absurdos. “O Ministério paga por 42 unidades circulando na cidade de Salvador. Nós temos algumas unidades que são reserva, para reposição, dando um total de 79 unidades. Dessas 79 unidades, algumas que seriam para reposição continuam quebradas também, hoje nós temos um total de 52 unidades paradas na cidade de Salvador. Obviamente o tempo resposta que antigamente levava em média 15 minutos, hoje nós demoramos aproximadamente até 40 minutos para chegar até a ocorrência”, diz Antenor Machado, presidente do sindicato dos funcionários do Samu.
No Complexo de Saúde em Pau Miúdo, onde fica a coordenação do Samu, outras oito ambulâncias estão paradas em um pátio.
A coordenação do Samu diz que hoje Salvador tem 79 ambulância e que mais 24 ambulâncias reserva teriam sido compradas em 2011. Diz que também que não é apenas por problemas mecânicos que as ambulâncias deixam de funcionar. “No momento nós temos 36 ambulâncias em funcionamento. Esse número se deve não só a problemas mecânicos, que estamos resolvendo, nós temos uma oficina onde temos em torno de 20 ambulâncias em reparo, só que algumas são de 2004 e levam algum tempo para serem reparadas, e outras ambulâncias aguardando o processo final da licitação, para que nós possamos levar uma outra oficina para serem consertadas. O outro problema é a falta de pessoal”, afirma Jorge Serra, coordenador em exercício do Samu.

A coordenação do Samu diz também que faltam médicos para trabalhar nas ambulâncias. Hoje são de dois a três médicos por dia em Salvador. O Ministério da Saúde diz que deveria ser pelo menos oito médicos trabalhando nas unidades móveis.
Segundo a coordenação do Samu, a falta de médicos não é por causa de ausência de concursos públicos. De acordo com o coordenador em exercício, o profissional começa a trabalhar no Samu e, depois de qualificado, acaba preferindo trabalhar em locais com um salário maior.

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