MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 13 de março de 2012

Indústria do cigarro diz que proibição de aditivos estimula mercado ilegal


Anvisa proibiu produção e venda de cigarros com sabor.
Fabricantes ainda vão avaliar impacto da decisão.

Débora Santos Do G1, em Brasília

O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Fumo (Abifumo), Carlos Fernando Costa Galant, afirmou que a decisão da Anvisa de proibir os cigarros com aditivos de sabor, como mentol e cravo, estimula o mercado ilegal. “[Isso] vai gerar abertura ao mercado ilegal, porque o consumidor vai continuar a consumir”, disse ele ao fim da reunião da agência.

A Anvisa decidiu por unanimidade proibir a produção e a venda de cigarros e derivados de tabaco com aditivos de sabor nesta terça-feira (13). Os fabricantes têm 18 meses para retirar os cigarros do tipo do mercado e 24 meses para os demais produtos, como cigarrilhas e cachimbos.
Em resposta ao dirigente da Abifumo, o diretor da Anvisa Agenor Álvares disse “duvidar” do aumento da venda ilegal de cigarros com sabor. “Confio nas autoridades brasileiras, na Polícia Federal e na Polícia Civil, para combater o contrabando”, afirmou.
Galant disse que as empresas produtoras não tinham nada contra a proibição de cigarros com sabores de fruta, mas que eles acreditam que o mentol e o cravo deveriam ser mantidos. “A cadeia produtiva do tabaco era amplamente favorável a que sejam banidos os aditivos que envolvem sabor de frutas. O mentol e o cravo, no nosso entendimento, não afetam a atração do jovem ao cigarro”, disse ele.
A posição da Anvisa é de que os sabores não fazem mais mal ao organismo, mas são usados como atrativos para novos fumantes – principalmente os mais jovens.
O diretor da Abifumo disse que a proibição vai causar “uma redução drástica” na produção de cigarros, mas afirmou que serão necessários estudos do setor para avaliar exatamente qual será o impacto.
Segundo a Anvisa, o número de marcas de cigarro com sabor disponíveis no mercado quase dobrou entre 2007 e 2010, de 21 para 40. Cerca de 600 aditivos são usados na fabricação de cigarros – 10% da massa de um cigarro é, na verdade, composta por aditivos.
Os produtores afirmam que 2,5 milhões de empregos estão ligados à cadeia produtiva do cigarro, especialmente na região Sul. Cerca de 15% do tabaco produzido no Brasil é voltado para o mercado interno. Os principais compradores são os países da União Europeia e do Extremo Oriente.

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