Cerca de 14 técnicos divididos em oito grupos vão percorrer 250 lotes.
Atualmente, tramitam na Justiça 153 ações de retomada da terra.
Os dois assentamentos, que têm lotes de seis a oito hectares, foram criados em 2008. Os assentados reclamam que ainda não conseguiram regularizar a documentação dos terrenos, o que impede por exemplo que eles tenham acesso a linhas de crédito.
De acordo com presidente da associação do assentamento Estrela Jaraguari, Marcílio Holsbak, por falta de estrutura muitos são obrigados a deixar os lotes e trabalhar como diaristas, em fazendas da região. “As pessoas tem que ir atrás de outros recursos. Aqui dentro não sobrevive”, afirma.
O Incra iniciou a fiscalização em setembro do ano passado. Os técnicos querem até o fim de 2012 visitar os 178 assentamentos de Mato Grosso do Sul, com objetivo de identificar irregularidades como venda e arrendamentos de lotes.
Em Mato Grosso do Sul, exitem hoje cerca de 29,8 mil famílias assentadas. O Incra já visitou 14,2 mil, e em 25% dos lotes encontrou irregularidades. Atualmente, tramitam na Justiça 153 ações de retomada da terra, para áreas vendidas irregularmente. Até o fim da semana o Instituto deve impetrar mais 200 ações com a mesma finalidade.
José da Silva tem 52 anos e é um exemplo de assentado legal. No lote de sete hectares ele cultiva milho, mandioca, cria galinhas, patos e porcos. Ele acredita que é possível, sim, tirar o sustento da terra, mesmo em uma propriedade pequena. “É possível se você movimentar a terra, trabalhar. Não ter preguiça", comenta.
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